Novo homicídio leva motoristas por aplicativo a protesto e encontro com equipe de governo
Segundo a associação da categoria, mais um homicídio ocorreu na noite de quarta-feira (30). Na data e durante a madrugada, motoristas bloquearam trânsito de trecho da BR-153, em Goiânia
A Associação dos Motoristas por Aplicativo de Goiás (Amago) se reúne na manhã de quinta-feira (31) com interlocutores do governo estadual para tentar negociar a assinatura de um termo de compromisso do Estado por mais segurança para a categoria. Representantes da associação querem que o governador Ronaldo Caiado (DEM) pressione as empresas de transporte por corrida a adotarem as medidas de segurança sugeridas pelos condutores profissionais, como a liberação da ficha cadastral do passageiro no momento em que a corrida é aceita pelo motorista.
A lista de reivindicações entregue às empresas ainda não foi acordada e o Estado teria poder de desequilibrar a balança em favor dos motoristas, segundo a associação. “Do jeito que está, não dá. Está uma bagunça para os motoristas. Todo dia tem ocorrência”, relata um representante da associação na porta do Palácio.
Durante a noite de quarta (30) e também na madruga de quinta-feira (31), entre as 22h e as 3h, dezenas de motoristas por aplicativo paralisaram as duas vias da BR-153 e parte da GO-020, na região próxima ao mercado Carrefour e ao shopping Flamboyant. A manifestação gerou cerca de 12 quilômetros de congestionamento, segundo a PRF, o qual se dissolveu duas horas depois com a negociação entre os manifestantes e a corporação para a liberação das vias.
Durante o diálogo, a PRF constatou a possibilidade de uma nova interdição ocorrer no mesmo local na noite desta quinta (31), caso o resultado da reunião com a equipe do governo seja avaliada pelos motoristas como negativa.
Reconstrução facial
A Amago conseguiu arrecadar R$ 3 mil para financiar a cirurgia plástica de reconstrução facial de um motorista que teve a metade do rosto dilacerado em um latrocínio. O corpo foi abandonado no distrito de Varjão. O esforço, segundo a Amago, foi para que o colega fosse enterrado e velado de forma digna. A família velou o motorista em Senador Canedo com a mencionada ajuda financeira.