Novo horário da Feira Hippie não atende feirantes: “nosso pedido era outro”
Portaria autoriza o funcionamento às sextas, mas proíbe atividades aos domingos. Segundo presidente de associação, remoção do domingo não foi debatida
As mudanças horário e dias de funcionamento da Feira Hippie propostas pela Prefeitura de Goiânia não agradaram os feirantes. Uma portaria que deve ser publicada nesta quarta-feira (10) deve autorizar, temporariamente, os trabalhos a partir de sexta-feira, mas proibir as atividades aos domingos. Trabalhadores consideram alterações um “erro” e dizem que o pedido deles era outro.
Em entrevista ao Mais Goiás, o presidente da Associação dos Feirantes, Waldivino da Silva, disse que os trabalhadores nunca abriram mão do funcionamento aos domingos. Segundo ele, houve uma reunião entre os representantes dos feirantes e o titular da Secretaria de Desenvolvimento e Economia Criativa (Sedec), Carlos Júnior, mas a mudança em questão não foi debatida.
“Não falamos da retirada do funcionamento aos domingos. Isso não foi comentado, jamais teríamos aceitado. Pedimos o retorno da sexta-feira para continuar a tradição dos três dias da Feira Hippie. Não era para retirar o domingo”, disse.
Na prática, a portaria determina a montagem das bancas após a 00h de sexta-feira. O funcionamento ocorrerá das 7h de sexta-feira às 20h de sábado. Já a desmontagem deve ocorrer logo após as 20h de sábado, devendo ser finalizada até às 5h de domingo. A modificação deve durar até a conclusão e entrega final das obras da Praça do Trabalhador.
“Presente de grego”
Ainda de acordo com Waldivino, a modificação proposta pela Prefeitura afetará diretamente os trabalhadores, principalmente aqueles que atuam com vendas no varejo. “O domingo é muito importante. Parte de cima da feita vai desaparecer sem funcionamento nesse dia. Tem feirantes que vendem cerca de R$ 800 reais de varejo só no domingo. Vai ser um prejuízo grande. Deram um dia, mas tiraram outro. Foi um presente de grego”, criticou.
Insatisfeitos, os feirantes devem ir até o Paço Municipal na tarde desta quarta-feira (10), para pedir a alteração da portaria. A reportagem entrou em contato com a Sedec em busca de um posicionamento sobre o assunto e aguarda retorno. O espaço segue aberto para manifestação.