Julgamento

Novo júri do suposto serial killer é agendado para 2 de março

Na ocasião, ele Tiago Henrique será julgado pelo assassinato de Juliana Neubia Dias

Poucos dias após ser condenado a 20 anos de prisão pela morte da estudante Ana Karla Lemes da Silva, de 15 anos, o vigilante Tiago Henrique Gomes da Rocha, suposta serial killer, já tem agendado o seu próximo júri. O juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 13ª Vara Criminal de Goiânia, marcou para 2 de março, a partir das 8h30, o julgamento pelo assassinato de Juliana Neubia Dias.

O crime ocorreu no dia 26 de julho de 2014, no Setor Oeste. A vítima estava dentro do carro do namorado, parada no semáforo, quando foi atingida por dois tiros – no pescoço e no tórax. O assassino estava parado em uma moto, usando capacete, aproximou-se do veículo e atirou. Tiago Henrique foi pronunciado por homicídio com duas qualificadoras: motivo torpe e utilização de recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

Ao proferir a decisão de pronúncia, o juiz Jesseir Coelho de Alcântara, em uma análise apurada dos autos, do conjunto probatório e das provas anexadas ao processo, avaliou que existem indícios suficientes de autoria e participação, além da materialidade do delito. “O termo de exibição e apreensão dos objetos encontrados na casa do acusado, dentre os quais, um revólver calibre 38, com a numeração raspada, mostra o confronto microbalístico entre a referida arma de fogo e os projéteis retirados do corpo da vítima”, observou.

Tiago foi pronunciado por outros 30 crimes além dos assassinatos de Ana Karla e Juliana. Outros dois casos estão em fase de inquérito.

Nova denúncia

Nesta semana, o juiz Eduardo Pio Mascarenhas, da 1ª Vara Criminal de Goiânia, recebeu denúncia do Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO), contra Tiago Henrique, no processo que apura o homicídio de Diego Martins Mendes. O rapaz teria sido assassinado, por enforcamento, no dia 9 de novembro de 2011, em um matagal no Setor Negrão de Lima.

De acordo com a denúncia do MPGO, a vítima morava com a família no Setor Parque Rio das Pedras, em Aparecida de Goiânia, e veio a capital para se inscrever no processo seletivo do Colégio Militar Hugo de Carvalho Ramos, no Jardim Goiás. Em seguida, Diego Mendes dirigiu-se a um ponto de ônibus e seguiu para o Terminal Praça da Bíblia. Ao desembarcar, ele teria se encontrado com Tiago Henrique, segundo o MPGO e, depois de conversarem, seguiram para o matagal com o propósito de manterem relações sexuais.

Segundo o MPGO, Tiago Henrique declarou que a iniciativa para o encontro amoroso foi da vítima, mas ao saírem do terminal ele já havia decidido que a mataria, o que ocorreu ao chegarem ao matagal. Ao ser preso pela força-tarefa criada pela Polícia Civil para apurar os assassinatos em série, o vigilante confessou o crime e foi realizada diligência na companhia dele para encontrar os restos mortais da vítima, o que não ocorreu, porque o imóvel havia sido aterrado.

O inquérito que apurava o desaparecimento de Diego Mendes tramitou na 7ª Vara Criminal de Goiânia, mas após o vigilante ser preso e confessar a autoria, ele foi remetido à 1ª Vara Criminal, que determinou o seu envio para a Delegacia de Investigação de Homicídios. A denúncia foi oferecida pelo promotor de justiça Maurício Gonçalves de Camargos, que arrolou quatro testemunhas.