CORONAVÍRUS

Novo presidente de associação da rua 44 diz que 20 mil já perderam emprego

Chrystiano Câmara foi eleito em assembleia realizada por videoconferência na manhã desta terça-feira

Chrystiano Câmara, presidente eleito da associação de lojistas da região da rua 44 (AER-44). Foto: Divulgação

Eleito presidente da associação que reúne os lojistas da região da rua 44, em Goiânia, na manhã desta terça-feira, Chrystiano Câmara afirma que os estabelecimentos comerciais que ele representa já fecharam mais de 20 mil vagas de emprego desde que a pandemia começou. 

“É o pior momento da nossa história”, disse Chrystiano ao Mais Goiás minutos após a eleição que o consagrou presidente da AER-44, a partir do dia 16 de julho. “São muitas pessoas em dificuldade. Quase duas mil lojas fechadas. Um processo difícil, que lutaremos para reverter a partir do dia 14”. 

Chystiano é superintendente do Mega Moda Shopping. É tesoureiro na gestão do atual presidente, Jairo Gomes. Há nove anos participa da AER-44. Ele acredita que as vagas de trabalho fechadas desde março serão recriadas até dezembro. 

“O segundo semestre é sempre bom para o nosso comércio, um período mais pujante. Como há demanda reprimida, creio que os negócios vão melhorar com relativa rapidez”, diz o presidente eleito. “Sabemos que as coisas não vão melhorar como um passe de mágica. Mas é importante que a economia volte a girar”. 

Diálogo com a prefeitura

Embora o vaivém de decretos tenha irritado empresários da rua 44, que há semanas pedem para abrir o comércio com segurança jurídica, Chrystiano Câmara elogia a prefeitura de Goiânia e afirma que a relação – que já é boa, na visão dele – continuará pautada no diálogo. 

“Nós sempre tivemos interlocução muito boa com a prefeitura e continuaremos tendo. Em conjunto, determinamos protocolos sanitários para reabertura das lojas. E, a quatro mãos, seguiremos no esforço para aprimorar estes protocolos”, afirma. 

O novo presidente não diz que a quarentena adotada pelo prefeito Iris Rezende, com fechamento e abertura do comércio a cada intervalo de 14 dias, é um modelo ruim. Mas diz que é um modelo que “pode melhorar”. 

“Temos visto experiências positivas em outros estados e vontade dos nossos governantes em acertar”, afirma. 

De acordo com o novo modelo de quarentena decretado pela prefeitura, todo o comércio de Goiânai (à exceção dos estabelecimentos considerados essenciais à vida) devem permanecer fechados até o dia 14.