Novo protesto contra o corte das verbas na educação é realizado em Goiânia
Cerca de 150 cidades brasileiras registraram atos, que também manifestaram contra a reforma da Previdência
Cerca de 150 cidades de todo o país registraram uma nova manifestação contra o contingenciamento das verbas na educação pública federal. A reforma da previdência também foi pauta levantada nos atos realizados. Goiânia contou com cerca de 30 mil manifestantes, de acordo com a organização, que também confirmou a realização de atos em outras 10 cidades no interior do estado. A Polícia Militar (PM) não divulgou estimativa.
“A União Nacional dos Estudantes (UNE) convocou todo o movimento estudantil pois o governo Bolsonaro não quis conversa com as entidades”, conta Thaís Faloni, diretora da UNE em Goiás. “Inclusive na semana passada, algumas representantes foram expulsas da comissão de educação. Se não nos ouvirem na institucionalidade, nossa resposta será nas ruas, com muita mobilização”, diz.
Na capital, o ato teve início às 15 horas. A concentração foi na Praça Universitária, e seguiu, por meio da Rua 10, até a Praça do Bandeirante, no cruzamento da Avenida Goiás com Anhanguera.
O estudante de uma universidade privada de Goiânia, Caio Henrique, diz que o ato é para mostrar ao governo que a batalha continua. “A luta pela educação deve ser contínua e não pontual”, afirma. “Pois a educação é um bem público que contribui para sociedade evoluir”, completa.
Nazaré Santos, de 81 anos também integrou o ato em Goiânia. “Estou aqui em apoio aos estudantes, porque do pacote do governo está vindo apenas três coisas pra gente: fome, guerra e fome”, afirmou a aposentada. “Também estamos contra a reforma da previdência, que na verdade é uma deforma e só vai acabar com a gente”, finaliza.
*Larissa Lopes é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Thaís Lobo