EM 10 ANOS

Número de condutores que precisam de óculos cresce 129% em Goiás; estado lidera ranking nacional

No Brasil, o número de condutores nessa condição dobrou no prazo de 10 anos

Em 2014 o número de condutores nesta condição era de 362 mil (Foto: Divulgação)

O número de condutores que precisam de óculos para dirigir cresceu 129% nos últimos 10 anos, em Goiás. Os dados são da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran). De acordo com o levantamento, o estado também lidera o ranking nacional de crescimento da dependência de óculos vinculada à direção.

Nos últimos 10 anos o número de motoristas com a observação “A” (necessita de lentes corretoras) na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) saiu de 362 mil, em 2014, para 894 mil, em 2024. Na sequência do ranking aparecem o Tocantins (128%); Roraima (125%); Mato Grosso (120%); Acre (119%); Amazonas (110%); Rondônia (103%); Alagoas (103%); Maranhão (102%); e Piauí (100%).

No Brasil, o número de condutores nessa condição dobrou no prazo de 10 anos. Atualmente, as restrições visuais respondem por 91% de todas as anotações aplicadas às 27,9 milhões de CNHs emitidas no país.

Entenda os fatores que levam mais mais motoristas a ficarem dependentes de óculos para dirigir

Segundo o Senatran, a demanda por cuidados oculares para os motoristas aumenta por diversos fatores. O envelhecimento da população, a exposição prolongada às telas de celulares e computadores. Ainda compõem a lista, o aumento da incidência de doenças crônicas (diabetes, hipertensão, estresse) e os maus hábitos de vida (alimentação inadequada, sedentarismo, obesidade) contribuem para o surgimento de problemas de saúde relacionados à visão.

Esses elementos enfatizam a importância da prevenção e do diagnóstico precoce de doenças oculares.

Exame médico para renovação da CNH

O pedido de inclusão de anotações na CNH é feito pelo médico do tráfego ao final da avaliação prévia exigida para a concessão ou renovação da CNH. Para isso o especialista avalia, durante a realização dos exames, a acuidade visual, o campo de visão, a capacidade do candidato de enxergar à noite e reagir prontamente.

Caso algum sintoma de deficiência visual seja detectado, o médico orienta que o paciente busque uma avaliação especializada feita por um oftalmologista.