Número de idosos sem vacina que morrem de covid é 25 vezes maior em Goiás

Dados do Painel da Covid-19 de Goiás revelam que as mortes pelo vírus entre pessoas não vacinadas (ou só com uma dose) com 60 anos ou mais é cerca de 7 vezes maior em comparação com aquelas imunizadas com o esquema primário (duas doses ou dose única) e 25 vezes maior se comparada aos idosos que já tomaram o reforço.

Em números, morrem pela doença 17,17 idosos para cada 100 mil quando com reforço; 62,29 no quando imunizados no esquema primário; e 431,08 se não vacinados ou com uma só dose. Na mesma faixa etária, são internados 38,72 a cada 100 mil quando já estão com reforço; 97,51 com esquema primário; e 703,92 quando não vacinados ou com uma só dose.

No caso de internações, a diferença entre aqueles com reforço e os não vacinados ou com apenas uma dose é 18 de vezes. Inclusive, segundo o Boletim Integrado da Covid-19 desta sexta (18), o Estado está com 68,77% das ocupações de leitos de UTI destinados à pacientes com o vírus.

Outros números

Para aqueles com 18 a 59 anos, as mortes atingem 0,28 a cada 100 mil quando imunizados com o reforço; 1,65 com o esquema primário; e 3,74 no caso de não vacinados ou com uma dose. Em relação às internações, são 2,09 a cada 100 mil se tomado o reforço; 6,33 se com esquema primário; e 13,10 se nenhuma ou só com uma.

Os dados servem como reforço para o Dia “V” de Vacinação contra a Covid-19, que acontece neste sábado (19). O evento ocorre em parceria com os 246 municípios do Estado e tem como foco a repescagem, mas principalmente o público infantil.

Painel da Covid-19

Na última quarta-feira (16), o Painel da Covid-19 recebeu uma atualização e passou a informar sobre internações e óbitos entre não vacinados em Goiás. Ele traz os dados dos últimos 28 dias e será atualizado todas as quartas-feiras.

Durante a apresentação da nova funcionalidade, a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, informou que cerca de 1 milhão de pessoas em Goiás não tomaram nenhuma dose e 750 mil com a segunda em atraso. Segundo ela, são quase 2 milhões sem a dose de reforço.