Número de inadimplentes em Goiânia aumenta 6,07% em um ano, aponta SPC Brasil
Pesquisa indica que homens têm mais dívidas a quitar e que cada pessoa devedora tem pelo menos 2 contas em atraso.
O número de inadimplentes em Goiânia aumentou 6,07% em 2023, em relação a 2022. Apenas entre os meses de abril e maio deste ano, o aumento foi de 1,94%. os dados, que se referem à quantidade de pessoas com dívidas ativas em atraso, são de pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), divulgados em parceria com a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Goiânia).
O estudo também revelou 3,69% de aumento no volume de dívidas em atraso entre abril e maio de 2023, em Goiânia. O acréscimo de contas a pagar acumulado entre 2022 e 2023, porém, não foi divulgado. Outro ponto relevante é o número de dívidas em atraso por consumidor. Em média, cada pessoa inadimplente em Goiânia possui 2,175 dívidas pendentes, número maior do que a média da região Centro-Oeste, 2,153; e da média nacional, que é de 2,087.
Homens têm mais dívidas
Os homens lideram a inadimplência na capital goiana, representando 50,64% dos casos. As mulheres, por sua vez, correspondem a 49,36%. A faixa etária mais inadimplente foi a de 30 a 39 anos, que representa uma fatia de 26,47% do total de devedores. O resultado mostra que a população economicamente ativa é a que mais enfrenta dificuldades em cumprir com as obrigações financeiras.
Em média, cada consumidor negativado em Goiânia possui uma dívida total de R$ 4.617,11. Os dados revelam que 30,38% dos inadimplentes da capital têm dívidas de até R$ 500, percentual que aumenta para 44,03% quando considerados débitos de até R$ 1 mil. O tempo médio de atraso dos devedores negativados em Goiânia é de 27 meses, sendo que 33,73% deles estão com dívidas há um período entre 1 e 3 anos.
Bancos lideram relação com devedores
Os dados também revelam os setores com maior participação no número de dívidas em atraso na cidade de Goiânia. O setor bancário se destaca, representando 64,90% do total de dívidas registradas. Em seguida, aparecem as comunicações (9,90%), o comércio (8,69%), outros setores (8,63%) e os serviços de água e luz (7,88%).
O Coordenador da CDL Goiânia, Felipe Teles enfatiza que situações como os juros altos impactam na hora de pagar as dívidas. “Muitas vezes o pagamento de contas básicas, como água ou energia se tornam prioridade, enquanto dívidas com crédito vão sendo deixadas para outro momento, principalmente pela alta dos juros, no entanto, há uma boa expectativa para a estagnação da inadimplência ainda nesse ano, principalmente com o aumento de emprego, aumento dos programas de distribuição de renda e com a possível queda dos juros”, afirma Teles.