Número de ultrapassagens proibidas cresce 158% durante as férias nas BRs goianas
Em 2021 foram registrados 2.545 ultrapassagens irregulares, contra 986 casos do ano passado
O número de flagrantes de motoristas realizando ultrapassagens proibidas nas rodovias federais que cortam Goiás aumentou 158% durante o mês de férias, em comparação ao mesmo período do ano passado. Os dados são da Polícia Rodoviária Federal (PRF). O levantamento revelou que 2.545 ultrapassagens irregulares foram computadas entre 1° e 31 de julho; em 2020, 986 foram registradas no decurso de tempo.
A ultrapassagem é uma manobra comum e permitida pelo código de trânsito, porém precisa ser realizada em circunstâncias favoráveis, como em faixas simples e, principalmente, tracejadas. Segundo os especialistas, caso a movimentação de veículo ocorra de forma malsucedida pode ser fator determinante para uma colisão frontal.
Rodovias de pistas simples, como a BR-153 e a BR-414 foram palco de 90 acidentes no mês de férias, alguns causados por ultrapassagens proibidas.
Os agentes rodoviários afirmam, inclusive, que as colisões frontais possuem um dos maiores índices de mortalidade nas rodovias. Em julho deste ano, somente a PRF atendeu 10 colisões frontais nas BRs goianas. Na tarde do último dia 25, uma pessoa morreu após uma colisão envolvendo três veículos na BR-060, entre Goiânia e Anápolis. Durante o acidente a vítima fatal ficou presa entre às ferragens e não resistiu aos ferimentos.
Efeito da pandemia
O levantamento ainda avalia que o movimento de veículos neste mês de julho foi maior que no ano passado, pois muitos pontos turísticos no estado estavam fechados para visitantes. Essa movimentação mais intensa certamente tem impacto na maior quantidade de acidentes. Foram 192 em 2021, contra 156 em 2020. Os feridos somaram 217 neste ano e 166 no ano passado.
Outro aumento foi no número de mortes, já que em 2020 foram registradas 12 vítimas fatais, enquanto neste o ano o número quase dobrou, subindo para 20 óbitos registrados. Com o aumento desses casos, tanto de infrações, como também de acidentes e mortes, a corporação reforça o pedido de educação e consciência por parte dos condutores.