Nunca é demais repetir: aglomeração é risco
Parece que pessoas se esqueceram da importância do isolamento social
Vou tentar bater a real da forma mais didática possível logo na abertura desse texto. A vacinação no Brasil ainda não tem data certa para começar. O coronavírus não está nem aí para seu fastio com a pandemia. Estamos vivendo um aumento no número de casos e óbitos no Brasil. E, o principal: covid-19 mata.
Acho que esses pontos estão bem claros, né?
Com tudo isso em mãos, por que diabos as pessoas insistem em se aglomerar como se não soubessem desses fatos? As respostas para esse questionamento dizem muito sobre o povo que somos.
O brasileiro acredita que o pior só acontece com o outro. Ele se vê como alguém ungido pela benção divina do Salmo 91. Acha que realmente mil cairão de um lado, dez mil de outro e somente ele, ser especial da prole divina, não será contaminado pelo vírus. Viver no mundo da fantasia deveria ser punido com multa.
A partir desse sentimento individual que reflete um pensamento coletivo, o que mais vemos nas ruas são aglomerações. Gente espremida na balada, gente lotando shopping, gente muvucada nas regiões de comércio popular, gente agendando confraternização de final de ano… O vírus deve estar bem feliz com a receptividade brasileira.
Enquanto as pessoas insistem em levar suas vidas como se não vivêssemos essa dramática pandemia, no momento em que escrevo, mais de 181 mil pessoas faleceram de covid-19 no território nacional.
Ao mesmo tempo, recebo mensagem de um conhecido em um grupo de WhatsApp que está armando uma festinha de Réveillon. Coisa pequena, o anfitrião diz. Para umas 70 pessoas…