Nutricionista goiana dá dicas para quem pretende “extravasar” na ceia de natal

A apenas dois dias do natal, famílias ainda enchem os supermercados e feiras em Goiás à procura dos tradicionais ingredientes da ceia de natal, que vão desde frutas como uva, pêssego e maçã até carnes como chester e lombo suíno. Porém, apesar da comida encher a vista – e o estômago – depois de pronta, especialistas alertam que é preciso saber como e que quantidade comer para que, depois, o organismo não reaja de forma inesperada.

Para a nutricionista goiana Carla Morais, um dos pontos que merecem atenção é a diversidade da comida. Segundo ela, o preparo de apenas dois tipos de carnes com outros acompanhamentos é o ideal para uma ceia sem surpresas posteriores.

“Normalmente, nós fazemos quatro, cinco tipos de preparações. Na carne, por exemplo, muita gente não abre mão do chester. Por ser uma ave como o frango convencional, ele tem partes mais e menos gordurosas, mas é uma carne bem mais magra. Então seria uma opção, ou o próprio frango mesmo, com outra preparação: chester e lombo, ou o chester e o leitão, ou chester com o bacalhau”, recomenda.

Ainda de acordo com Carla, é recomendado que a pessoa faça pequenas substituições nos acompanhamentos para que a comida não fique tão gordurosa. Numa farofa, por exemplo, o indicado é substituir o bacon por mais cenoura ou cebola. “É importante equilibrar dentro das preparações e ter uma diversidade menor, para pensar ‘Como eu posso deixar essa receita um pouco mais leve?'”.

Ceia de natal bem digerida

A nutricionista enfatiza que o consumo de frutas na ceia é mais do que indicado. Segundo ela, esse tipo de alimento é recomendado até mesmo pela época, uma vez que alguns tipos de fruta estão até 50% mais baratas em comparação ao ano passado [veja aqui], como é o caso da ameixa americana e a maçã.

Carla frisa um tipo de alimento com preço em conta e que pode ajudar, e muito, quem exagerou na carne: o abacaxi. “Podemos fazer ele convencional, cortar e incrementar na salada, ou fazer assado com canela, por exemplo. Ele tem um efeito digestivo bom, sobretudo para o excesso de carne”, diz.

E uma boa notícia para quem “chutou o balde” na ceia é que, nem sempre o que a balança acusa no dia seguinte, é realmente um ganho efetivo de peso. “Nem todo aquele peso que a gente ganhou é peso. Muitas vezes é liquido retido, sobretudo pra quem bebe [álcool]. Não se assuste com o peso, mas se exagerou no natal, tente pisar no freio no Ano Novo”, conclui a especialista.