Caso Mutirama

“O Parque Mutirama sempre foi tocado com amadorismo total”, afirma delegado, após ouvir presidente da Agetul

Alexandre Silva de Magalhães afirmou que o brinquedo que causou o acidente já havia sido descartado do parque

O delegado responsável pelo Caso Mutirama, Izaías Pinheiro, ouviu nesta quinta-feira (31), o presidente da Agência Municipal De Turismo Eventos E Lazer (Agetul), Alexandre Silva de Magalhães.

De acordo com o delegado, Alexandre informou que o brinquedo que causou o acidente, twister, foi instalado no Mutirama em 1989 e já havia sido descartado. Quando o parque passou por reforma, em 2012, houve uma licitação e o brinquedo foi reformado e voltou a ser utilizado normalmente.

Apesar da reforma, o eixo cenral do twister, peça que apresentou problemas e pode ter causado o acidente, já estava desgastado e impróprio para uso. É possível, segundo informações do delegado, que essa parte do brinquedo não tenha sido trocada em 2012. Já foi feita perícia no material, mas os resultados ainda não foram divulgados.

Até hoje, cerca de 20 envolvidos compareceram à 1° Delegacia de Polícia para prestar depoimento sobre o acidente que aconteceu no parque no fim de julho. Entre eles estão testemunhas e funcionários do parque.

“O que se concluimos é que o parque sempre foi tocado com amadorismo total”, afirma Izaías. Nas próximas etapas da investigação, o delegado vai ouvir o chefe de patrimônio da Agetul para conferir se as informações passadas por Alexandre são coerentes e recolher documentos acerca da compra e da reforma do brinquedo.

Além disso, Izaías deve ouvir a empresa de São Paulo que realizou a reforma do brinquedo por meio de licitação no ano de 2012. A investigação está na etapa de colhimento de provas. O acidente deixou onze pessoas feridas, duas delas chegaram a ficar internadas em estado grave. Logo após o acidente, o Mutirama foi interditado.

 

*Amanda Sales é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Thaís Lôbo