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“O que mais chamou a atenção nesse caso foi a frieza do autor”, diz delegada do caso Luana

Polícia diz que suspeito não teve motivação para submeter menina de 12 anos ao crime

Com colaboração de Ana Paula Moreira

“O que mais chamou a atenção nesse caso foi a frieza do autor. As circunstâncias, a falta de motivação e o porquê de uma menor de 12 anos ter que passar por isso.” A fala é da delegada Caroline Borges, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), de Goiânia. Ela se refere ao ajudante de pedreiro Reidimar Silva, 31, que confessou a morte de Luana Marcelo Alves, 12 anos.

A menina desapareceu na manhã de domingo (27), após sair de sua casa, no Setor Madre Germana 2, em Goiânia, para comprar pão. O vizinho dela, Reidimar, confessou ter cometido o crime nesta terça-feira (29) após ser preso. Ele levou ela ao carro dele, quando a mesma voltava do mercado, dizendo que pagaria uma dívida aos pais dela.

Segundo a policial, “no bairro todos são conhecidos, porque residem há muitos anos e ele era conhecido da família. Ele conhecia o pai e o pai o conhecia. A família tem um comércio, uma distribuidora de bebidas na região e ele ia lá e consumia”.

E ainda: “Não foi encontrado nada dentro do veículo. Não foram encontrados vestígios, porque segundo ele a menor não entrou a força, não teve nenhuma prática delituosa dentro do veículo. Tudo ocorreu dentro da casa dele.”

Depoimento do autor

Em depoimento informal, ele disse que não sabe porque a matou. Afirmou, ainda, que não estuprou a jovem e que estava sob efeito de cocaína no momento em que cometeu o crime.

Ainda segundo a delegada, depois de matar a criança, Reidimar ateou fogo no corpo, enterrou e cimentou o local. Ele usou madeira e isopor para ajudar a queimar o corpo e disfarçar o cheiro. A prática atrapalhou a busca por cães farejadores.

Caroline também informou que a investigação foi complexa, uma vez que não houve testemunhas. Pelas imagens de câmeras de segurança, contudo, foi possível ver o veículo em que estava o suspeito quando a menina foi comprar pão e quando retornou. Desta forma, a polícia conseguiu chegar até ele.