O que se sabe sobre o caso do fisiculturista suspeito de agredir a esposa em Aparecida
Mulher morreu no último dia 20 de maio
O inquérito da morte de Marcela Luise de Souza, que tem como suspeito o marido dela, o fisiculturista Igor Porto Galvão, deve ser concluído até a próxima sexta-feira (24). Em 10 de maio, ele a levou para um hospital particular em Aparecida de Goiânia, alegando uma queda. Ela ficou por cerca de dez dias, mas não resistiu aos ferimentos que seriam de uma suposta agressão. Alguns dias antes do óbito, ele foi preso.
A defesa de Igor diz que ele colabora, desde o início, com as investigações. Além disso, afirma que “não estão presentes os requisitos da prisão preventiva, ou seja, garantia da ordem pública, garantia da instrução criminal ou assegurar a aplicação penal”. Confira o que mais se sabe sobre o caso.
Morte
Marcela foi internada em 10 de maio em um hospital particular de Aparecida de Goiânia, onde foi levada pelo próprio companheiro, e morreu dez dias depois, em decorrência de várias agressões. A mulher tinha vários hematomas não condizentes com uma queda, como traumatismo craniano dos dois lados da cabeça e na base do cérebro, além de fraturas na clavícula e em oito costelas.
Versão do marido
Quando chegou na unidade, o fisiculturista Igor Porto Galvão, de 31 aos, afirmou que a esposa tinha se machucado após cair com a cabeça no chão, enquanto limpava a casa
Família
Maria Aparecida Souza Freitas, mãe de Marcela Luise de Souza, disse que suspeitou do marido da filha desde o dia do suposto acidente.
Prisão
O fisiculturista Igor Porto Galvão foi preso no dia 17 de maio. Ele segue detido.
Investigação
A Polícia Civil investiga o caso. Segundo a delegada Bruna Coelho, ele responderá por feminicídio consumado. Segundo ela, o próximo passo é finalizar as diligências para remeter o inquérito ao Poder Judiciário. O inquérito deve ser finalizado até dia 24 de maio. A corporação busca pelo celular da mulher e ainda deve ouvir algumas testemunhas. A Polícia Científica trabalha para gerar imagens 3D para identificar e detalhar as lesões no corpo de Marcela Luise de Souza.
Defesa
A defesa diz que a prisão preventiva de Igor não tem base legal, pois o investigado possui profissão licita (é nutricionista e educador físico), tem endereço fixo, é primário e em momento algum existe algo no processo que ele interferiu no bom andamento da investigação. “Pelo contrário, a Polícia Civil esteve em sua residência fora de horário, a fim de fazer perícia, e ele autorizou. Perícia essa que teve como resultado inconclusiva. Importante salientar que o colega advogado, que estava acompanhando o Igor, já havia ido à delegacia e o colocado à disposição da autoridade policial. Até o momento, o Igor não foi ouvido. A defesa vai entrar com os pedidos cabíveis a fim de que a prisão preventiva seja substituída por medidas cautelares diferentes do cárcere.” Os advogados lamentaram a morte de Marcelo.