OAB vai acompanhar na corregedoria advogado que teria sido agredido por PMs, em Goiânia
Orcélio será acompanhado por membros da Comissão de Direitos e Prerrogativas
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO), Lúcio Flávio, determinou que membros da entidade acompanhem o depoimento do advogado Orcélio Ferreira Silvério Júnior à Corregedoria da Polícia Civil, na manhã desta sexta-feira (23 de julho). Orcélio foi agredido, conforme filmagens, por policiais militares (PMs), na quarta-feira (21), em Goiânia. Além disso, ele alega ter sido vítima de intimidações dentro da delegacia de polícia e Central de Flagrantes, antes da chegada de representantes da OAB-GO.
Quem fará o acompanhamento na Corregedoria – uma vez que o delegado responsável demandou a abertura de inquérito neste local por se tratar de suposto crime cometido por Policiais Miliares –, são os membros da Comissão de Direitos e Prerrogativas (CDP) da OAB-GO.
Vale destacar, a OAB-GO decidiu em sessão virtual e extraordinária realizar desagravo público sobre o caso. Trata-se de uma forma mais série de manifestação de repúdio. Segundo a própria ordem, se trata de uma medida efetivada na defesa do advogado que tenha sido ofendido no exercício da profissão ou em razão dela. “É um instrumento de defesa dos direitos e das prerrogativas da advocacia”, previsto no inciso XVII, do artigo 7. Da Lei n. 8.906/1994, Estatuto da Advocacia (EAOAB).
Relembre
Um advogado acusa policiais militares do Giro de agressão e tortura após, supostamente, ele ter tentado defender um flanelinha de ameaças e violências por partes dos agentes. Em um vídeo, um policial aparece desferindo socos em um homem que seria o advogado. A confusão ocorreu na tarde desta quarta-feira (21), em frente ao Camelódromo da Praça da Bíblia, em Goiânia.
Em relato nas redes sociais, o advogado Júlio Meirelles contou que o também advogado Orcélio Júnior foi agredido após constatar que um policial militar estava ameaçando um “flanelinha” na região do Terminal Praça da Bíblia. De acordo com ele, ao questionar o abuso de autoridades, Orcélio foi agredido com socos e foi imobilizado pelos PMs.