OAB vai buscar nova empresa para exames após prova com mais de 100 mil recursos
Realizado em 13 de junho, XXXII Exame de Ordem Unificado gerou polêmica
O XXXII Exame de Ordem Unificado (EOU) da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), realizado em 13 de junho, teve mais de 100 mil recursos. Com isso, a OAB não deve renovar o contrato – que termina no fim do ano – com a atual responsável por aplicar a prova, a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Assim, será realizada uma nova licitação para contratação de outra empresa, conforme informou coluna de O Globo.
Oficialmente, contudo, a OAB não revelou os motivos da mudança. Ainda assim, a especulação é que a atitude tenha relação com as polêmicas na primeira fase de ordem, que teve mais 100 mil recursos administrativos de participantes, além de pedidos na justiça.
Entre os estudantes que prestaram a prova, a observação é que a avaliação foi a mais difícil da história. Há cerca de duas semanas, o presidente da OAB Felipe Santa Cruz afirmou que o Conselho da Ordem anulou cinco questões foram anuladas. O resultado final saiu em 14 de julho.
“Sabemos da angústia de todos, que há muitas críticas sobre a elaboração da prova, que foi uma prova com mais de 200 mil candidatos… Sei que essa última prova está cercada de críticas e será, sim, objeto de aprimoramento para nossa próxima prova. Mas não há nenhuma vergonha envolvida”, disse em vídeo, à época, divulgado no perfil Jovens Jurídicos. Ainda assim, os estudantes se sentiram insatisfeitos com os resultados.
O mesmo perfil, que informa alunos do Direito sobre esta e outras questões, lamentou o resultado final da prova. “Infelizmente, mesmo com todo o esforço de milhares de examinandos que se manifestaram, que protocolaram mais 100 mil recursos, e que tiveram total apoio de professores e juristas de todo o país pela anulação das questões, a OAB não reconheceu os erros cometidos.”
Para Júlia Maria Gomes da Silva, estudante do décimo período de Direito, a prova foi de fato muito difícil. “Fiquei por um ponto. Caiu conteúdo que nunca tinha caído”, expôs. Por causa da grande quantidade de recursos, ela imaginou que mais questões fossem anuladas. “Estava com esperança e não anularam ‘nada'”, disse.
Porém, nem todos sofreram com teste. O estudante de Direito Jefferson Pereira conseguiu passar na primeira fase. Diferente de muitos, ele não achou o teste “tão difícil” assim. “Tenho estudado muito”, garante e sugere: “A dica que dou é ler com bastante atenção.” A próxima fase, ele lembra, será em 8 de agosto. O aluno que passou para o décimo período diz estar muito confiante.