Obras da Avenida Jamel Cecílio geram 10 km de engarrafamento em regiões vizinhas

No primeiro dia útil em que os motoristas de Goiânia usam as rotas oficiais para desviar da construção de um viaduto que ligará as avenidas Jamel Cecílio e 136, o congestionamento chegou a 10 quilômetros de extensão do ponto original do desvio. Leitores do Mais Goiás relataram perder entre 40 minutos e uma hora parados no percurso que levariam normalmente cinco minutos. A lentidão atingiu moradores de regiões vizinhas à obra, como os setores Marista, Oeste e Bueno.

A Secretaria Municipal de Trânsito de Goiânia (SMT) enviou 40 agentes ao local para monitorar os focos de engarrafamento, como a situação já era prevista. Os agentes estão autorizados a modificar as rotas de tráfego para contribuir com a redução dos pontos mais críticos.

O local do desvio é considerado o ponto de maior conflito em Goiânia. As três avenidas de interseções, Leopoldo de Bulhões, Jamel Cecílio e Marginal Botafogo, recebem diariamente 60 mil veículos, que podem acumular quase 100 mil devido a baixa fluidez do trânsito. “Os desvios são de ruas com menor capacidade de tráfego, por isso separamos seis. A gente já esperava esse transtorno porque as pessoas estão conhecendo os desvios hoje”, explica o secretário da SMT, Fernando Santana, que reafirma que o trânsito está lento, mas fluindo, a algo em torno de 20 km/h.

“Durante a semana vai normalizar. As pessoas que precisam de fato passar pelo local precisam ter paciência e programar os horários de saída e chegada”, pondera Santana.

O secretário informa que foram organizados 18 quilômetros de desvios para que os motoristas tenham acesso ao restante de toda a cidade sem grandes perdas nos trajetos. “O trecho entre a Jamel Cecílio e a Leopoldo de Bulhões rumo à Rua 90 estará liberado nos próximos 15 dias para as pessoas se adaptarem a mudança e o acesso de pedestres ficará liberado durante toda a obra”, informa.

Rota alternativa

O vendedor Marceu Monteiro, de 30 anos, indicou uma rota alternativa para quem mora no Parque Atheneu e precisa chegar ao Setor Oeste sem usar os desvios oferecidos pela SMT. “Quem precisar, pode usar a Avenida T-63 e entrar na Avenida T-1 direto. Vai passar pelo Ministério Público e chegar no Setor Oeste”, indica. Marceu passou pelo desvio na sexta-feira, às 17h30, e ficou parado por uma hora, que, segundo ele, deveria ser uma viagem de 35 minutos.

Para a administradora Bruna Carvalho, de 27 anos, a segunda-feira (16/09) começou pedindo mais paciência. “Eu levava cinco minutos do prédio onde moro para chegar na BR-153 e ir para o serviço. Hoje, gastei mais de uma hora. Para sair da garagem do prédio foi uma dificuldade”, reclama. O trajeto de Bruna vai da Alameda Botafogo, onde reside, à BR-153, de onde segue sem trânsito para o trabalho. “Deu vontade de descer do carro e largá-lo no local. Está uma loucura, todo mundo sem paciência”.

Bruna procurou outro caminho que supôs estar menos congestionado nesta manhã: um atalho pelo Parque das Laranjeiras. “Não deu certo porque engarrafou a região inteira”, lamenta.