PANDEMIA

Ocupação de leitos de UTI para covid-19 Aparecida cai nos últimos 80 dias

Taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) caiu de 86%, na rede pública municipal para 35%

Foto: Avenida São Paulo, na macrozona Vila Brasília, com fechamento às segundas-feiras (Enio Medeiros / Aparecida - Divulgação)

Com taxas de isolamento social próximas a 46%, Aparecida de Goiânia completa 80 dias desde que adotou medidas de restrição ao comércio em parceria com outros municípios da região metropolitana, para o combate à covid-19. Neste período, a taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) caiu de 86%, na rede pública municipal, no dia 1º de março, para 35%, registrado no último boletim publicado pela Secretaria Municipal de Saúde na terça-feira (19).

Inicialmente, em 1º de março, Aparecida adotou modelo em consonância com demais municípios da Região Metropolitana, com fechamento das atividades consideradas não essenciais. No entanto, em 15 de março passou a adotar modelo já utilizado em 2020, com zoneamento da cidade e fechamento de acordo com escalonamento por região.

Naquele 15 de março, o boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde informava que 94% das UTIs públicas para Covid estavam ocupadas. Na rede privada, a queda foi de 100% para 68%.

As taxas caíram desde então, com o risco de contaminação diminuindo até chegar no atual risco considerado baixo, com adoção do cenário verde. Este cenário permite a abertura de atividades consideradas não essenciais com fechamento apenas uma vez por semana, de segunda a sexta, por zona.

Na última segunda-feira (17), o município publicou portaria que amplia horário de abertura de bares e restaurantes e permite eventos sociais.

Ações

O prefeito Gustavo Mendanha (MDB) aponta que o modelo foi estabelecido em conjunto com uma estratégica que prevê realização de testagem em massa, monitoramento e ampliação de leitos. “O modelo de Aparecida foi construído com base na técnica e na ciência e com diálogo com toda a sociedade, sem imposição, sem autoritarismo. Com isso, somos uma das cidades com menores taxas de letalidades do país”, diz.

O secretário de Saúde, Alessandro Magalhães, também atribui a queda nas taxas a um conjunto coordenado de ações de combate à pandemia. “O isolamento social intermitente por escalonamento regional segue uma Matriz de Risco, que leva em consideração oito indicadores, e indica quatro cenários de risco. Atualmente, estamos no cenário estável-verde e avaliamos o cenário epidemiológico todos os dias”, aponta.

Ao Mais Goiás, o secretário de Saúde ainda apontou que esse monitoramento pode prever uma possível terceira onda. Especialistas apontam possibilidade de um novo repique de casos e mortes no país nos próximos meses. “Testamos praticamente 400 pessoas a cada 1 mil. Além disso, monitoramos a pandemia diariamente. Caso encontremos alterações nos indicadores convocamos o Comitê de Prevenção e Enfrentamento a Covid-19 de Aparecida para reforçarmos o combate”, aponta.

Nas últimas 24 de horas, de acordo com o boletim da SMS de Aparecida, foram registrados três por mortes pela doença.