Inquérito

Alterações em BMW que mataram jovens foram feitos por terceirizados, diz oficina de Aparecida

Defesa alega ainda que local não teria estrutura para realizar o procedimento

Responsáveis por alterações em carro que causou a asfixia de jovens reforçam terceirização de serviço (Foto: Divulgação - PMSC)

Em depoimento feito à Polícia Civil de Santa Catarina, o dono de uma oficina mecânica de Aparecida de Goiânia suspeito em customizar uma BMW que provocou a morte de quatro jovens por intoxicação em Balneário Camboriú (SC), reforçou que terceirizou o serviço de modificação do escapamento.

A defesa do dono afirmou que o local faz apenas serviços de lavagem, micro-pintura e aplicação de película e que na oficina do suspeito não havia estrutura suficiente para a customização feita no escapamento do carro. No entanto, o advogado não revelou o nome da empresa em que a terceirização havia sido feita.

A oficina fica na Vila Brasília e funciona há pelo menos onze anos. O dono prestou o depoimento de forma virtual nesta segunda-feira (22). A situação

Os responsáveis pela alteração na BMW que causou a asfixia dos quatro jovens em Balneário Camboriú (SC), no dia 1º de janeiro, podem responder por homicídio culposo — quando não há a intenção de matar, segundo o delegado responsável pelo caso, Vicente Soares. 

Segundo a polícia, a modificação que trocou o catalizador do escapamento por um downpipe foi feita em Aparecida de Goiânia, em Goiás. O downpipe proporciona maior vazão do fluxo de gases, aumentando a rotação da turbina e assim conseguindo gerar mais potência para o carro. 

Jovens morreram asfixiados

As vítimas ficaram entre três e quatro horas na rodoviária de Balneário Camboriú. Os quatro foram ao local para buscar a namorada de um deles, que vinha de ônibus de Minas Gerais.

A namorada disse que o grupo que a esperava relatou enjoos e tonturas. Segundo ela, as vítimas decidiram ficar dentro do carro até que se sentissem melhor. Nesse período, eles ficaram o tempo todo com o ar-condicionado ligado.

Quem eram as vítimas

Os quatro mortos eram de Minas Gerais. Eles estavam morando em São José, na grande Florianópolis, há cerca de um mês.

As vítimas foram identificadas como Gustavo Pereira Silveira Elias, de 24 anos, Tiago de Lima Ribeiro, 21, Karla Aparecida dos Santos, 19, e Nicolas Kovaleski, 16 anos.