HOMOFOBIA

Oito homens são suspeitos de espancarem casal gay no DF

Grupo levou as vítimas para o banheiro para cometerem a violência, segundo relato

Oito homens são suspeitos de espancarem um casal gay, na madrugada de terça-feira (1º), em um bar de Ceilândia Sul, no Distrito Federal (DF). As vítimas, Bruno Vieira de Miranda e seu namorado, Luís Carlos Gomes, disseram ter sido vítimas de homofobia após não aceitarem dançar junto com um dos agressores, conforme o Metrópoles.

Conforme apurado, o casal estava com amigos e conhecidos do trabalho, quando um desconhecido chamou Luís para dançar perto do palco. A vítima recusou e o homem, então, teria começado a xingar os dois. Em seguida, ele partiu para a violência.

Com isso, o homem começou a xingar os jovens e partiu para cima do casal. “Ele foi até nós dançarmos. Do nada, ele começou a falar: ‘eu sou homem, eu não sou viado’. E aí começou a discutir com meu namorado. Então, eles dois começaram a discutir, começou um empurra-empurra. Nos jogaram para dentro do banheiro e foi quando começou, por volta de uns oito caras, agredindo eu e meu namorado”, conta Bruno.

O grupo teria agredido as vítimas com socos, chutes e empurrões. A violência continuou até a Polícia Militar (PM) ser chamada. No local, os agentes não levaram os suspeitos para a delegacia e foram para outra ocorrência, segundo Bruno.

“Tomei quatro pontos na testa e três na cabeça. Meu namorado está com as costas pisadas, toda machucada. Ele levou quatro pontos no pé. […] Eu fico muito triste porque não imaginava que uma coisa dessa ia acontecer comigo. Sempre fui uma pessoa que soube me portar em todos os tipos de lugares que vou. Nunca imaginei que algo dessa forma fosse acontecer comigo. Então, eu queria muito que a justiça fosse feita, porque isso é inadmissível”, disse ao veículo de comunicação.

Eles registraram boletim de ocorrência na Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa, ou por Orientação Sexual, ou Contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência (Decrin). A Polícia Civil do DF investiga o caso e já identificou um dos suspeitos.

Em nota, o bar disse que não tolera nenhum tipo de discriminação com os clientes. Além disso, afirmou que foi um caso isolado e que recebe diversos públicos, inclusive LGBTQIA+. “O Original Eskina Bae lamenta o ocorrido e, em compromisso com nossos clientes e com a vítima, se coloca a disposição para maiores esclarecimentos”, conclui.