Transporte clandestino

Ônibus clandestino é apreendido com mercadoria sem nota fiscal avaliada em R$ 1 milhão, em Porangatu

Um ônibus clandestino foi apreendido, na tarde tarde deste domingo (13), transportando mercadoria avaliada em…

Um ônibus clandestino foi apreendido, na tarde tarde deste domingo (13), transportando mercadoria avaliada em aproximadamente R$ 1 milhão. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o veículo foi abordado quando trafegava pela BR-153, próximo a Porangatu.

Conforme a PRF, o ônibus saiu de São Paulo e tinha como destino a cidade de Terezina, no Piauí. O veículo transportava 29 passageiros – 22 adultos e sete crianças. O ônibus não tinha autorização da  Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e o motorista não possuía habilitação para transportar passageiros.

Entre os bancos e corredores, a equipe encontrou várias caixas de mercadorias e fardos com roupas. Ao verificar a repartição para bagagens, os policiais encontraram mais pacotes e fardos de confecções. Nenhum dos itens possuía nota fiscal.

De acordo com o inspetor da PRF, Newton Morais, dentre as mercadorias havia roupas, utensílios domésticos, acessórios para celular e diversos produtos eletroeletrônicos como smartphones. Em uma das caixas foram encontradas cerca de 30 unidades de iPhone 7.

Nenhum passageiro assumiu ser o proprietário do conteúdo. O motorista apenas disse que o coletivo havia sido carregado ainda na capital paulista e seria descarregado em Terezina. O veículo, juntamente com o material, foi apreendido e apresentado à Secretaria da Fazenda de Porangatu.

“O que mais nos chamou a atenção foi a quantidade de material e a forma como era transportado. Só na última semana, a PRF realizou quatro apreensões de ônibus clandestinos em rodovias de Goiás”, conta o inspetor.

Péssimas condições

Ainda conforme a corporação, o ônibus circulava em condições insalubres. Além de transportar, irregularmente, a mercadoria junto aos passageiros, o banheiro do veículo estava muito sujo e exalava fortes odores de fezes e urina.

“Não tinha condições de os passageiros seguirem em um ônibus como aquele: além de muito antigo e não dar conforto, o banheiro estava imundo. Falta de respeito com quem precisar utilizá-lo”, disse o inspetor.

Dentre os passageiros haviam 22 adultos e sete crianças (Foto: Divulgação / PRF)

Segundo o inspetor, além de não possuir licença da ANTT para o transportar pessoas, o veículo também não possuía registro junto à agência para trafegar pelo caminho escolhido, o que o classificou como ônibus clandestino trafegando em rota ilegal. Durante a abordagem a equipe verificou que o coletivo não tinha pneu de estepe, estava com o tacógrafo irregular e pneu traseiro liso.

De acordo com o Newton, alguns passageiros escolhem este tipo de transporte sem saber que é ilegal, além de o valor ser mais barato do que o cobrado por empresas regulares de transporte. Entretanto, quem está a bordo possui nenhuma garantia caso ocorra algum tipo de problema durante a viagem.

“Como o veículo não dava nenhuma garantia ao passageiro, ao realizar a apreensão eles poderiam ficar desassistidos, sozinhos na beira da estrada e terem que arcar sozinhos com o prejuízo. Nós realizamos uma solicitação de reembolso de passagem aos passageiros, que tiveram de ingressar em outros coletivos que fazem as rotas de maneira regular e que seguiam para Terezina”, conta.

*Thaynara Cunha é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Thaís Lobo