Fiscalização/Clandestinidade

Operação confisca 1,2 tonelada de alimentos impróprios para o consumo em Pirenópolis

Mais de uma tonelada de carne e produtos de origem animal impróprios para o consumo…

Mais de uma tonelada de carne e produtos de origem animal impróprios para o consumo foram aprendidos em uma operação coordenada pelo Ministério Público (MP) estadual. A iniciativa faz parte do programa intitulado Goiás Contra a Carne Clandestina e concentrou-se na comarca de Pirenópolis entre os dias 25 e 29 de junho. Ao todo 1.200,80 quilos de produtos foram confiscados, entre pescados, carne bovina e suína e leite. Foram vistoriados 33 estabelecimentos, sendo ocorrências foram registradas em 13. O Procon, parceiro da iniciativa inda não concluiu seu relatório, o que indica que há possibilidade de a quantidade revelada receber acréscimo.

De acordo com informações do MP, os produtos apreendidos foram inutilizados e descartados. Os estabelecimentos fiscalizados poderão apresentar defesa e terão prazo para realizarem adequações. No entanto, estes permanecerão sendo monitorados. A inspeção, conduzida pelos promotores Rômulo Corrêa de Paula e Bernardo Boclin Borges teve o objetivo de combater o abate e a comercialização de produtos de origem animal sem rótulos, sem inspeção, com prazo de validade vencido e fora dos padrões de higiene. veja imagens:

O balanço da operação foi positivo, segundo Rômulo. “A operação faz parte de um programa que ocorre desde 2015 e já apreendeu mais de 67 toneladas de produtos. Uma vez por mês uma comitiva que reúne MP, Agrodefesa, Vigilância Sanitária estadual, Procon e Polícia Técnico-Científica fiscaliza uma cidade goiana. Em Pirenópolis constatamos a mesma realidade do restante do estado. A comercialização de itens impróprios para o consumo é uma prática criminosa que se alastra principalmente no interior”.

Ele explica ainda que esse tipo de comércio alimenta a criminalidade e acaba gerando repercussões nas áreas de Segurança Pública, Saúde Pública e Economia de municípios e de Goiás. A carne imprópria, segundo ele, é aquela que não observou os padrões de abate e vendida por quem mata clandestinamente na fazenda direto para o açougue.

“Pode ter até origem no furto de gado e animais doentes. São carnes que o frigorífico não aceita que são destinadas ao abate clandestinos. Uma prática usada por maus fornecedores para baratear os custos, mas a um preço muito alto. Mais de 30 doenças podem ser transmitidas, gerando impacto em diversas frentes”.

Promotor faz alerta também a quem adquire carnes em feiras (Foto: Sarah Mohn/MP)

Reflexo “comum” da fiscalização é a redução de ocorrências de furtos de gado em todo o Estado. Para Rômulo, o dado comprova a relação do crime com a clandestinidade do comércio. “Essa carne com origem duvidosa é vendida clandestinamente. O consumidor que passa a exigir o selo de inspeção, a procedência, está ajudando a si mesmo e também a economia local, a segurança pública e a saúde da população”.

O promotor ainda faz um alerta para quem consome carnes em feiras. “Evite comprar carnes que são comercializadas em caixas de isopor com barras de gelo. Esse não é o procedimento adequado. Na verdade, tem o vendedor tem que ter um balcão refrigerado para expor o produto sem que moscas e outros animais tenham acesso a ela. O item também não pode estar enferrujado. Quem compra carne nessas condições acaba difundindo essa prática errada”.