PF investiga suposto desvio de R$ 120 milhões na Prefeitura de Cidade Ocidental
As investigações apontaram que um dos servidores municipais esbanjava um alto padrão de vida nas redes sociais
A Polícia Federal investiga um suposto esquema de corrupção na prefeitura de Cidade Ocidental, na região Metropolitana do Distrito Federal. Na quarta-feira (18/12), foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão em Goiás e no Distrito Federal em endereços ligados ao prefeito Fábio Corrêa, ao filho dele, e a outros servidores e empresários.
Segundo a PF, o prefeito e servidores da região são suspeitos de desviar recursos no valor de R$ 120 milhões. São investigados os crimes de fraudes em licitações, corrupção ativa e passiva, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro. O orçamento anual do município é de R$ 350 milhões.
A corporação iniciou as apurações após denúncias sobre o uso indevido de recursos públicos para a contratação de serviços de saúde, manutenção, locação de equipamentos e obras municipais. Com o valor obtido através da corrupção, servidores públicos pagavam viagens, festas e casas de luxo.
As investigações ainda apontaram que um dos servidores municipais esbanjava um alto padrão de vida nas redes sociais. Ele teria adquirido uma casa no valor de R$ 1,6 milhão, além de ter realizado sua festa de casamento com os custos pagos diretamente por empresas envolvidas no esquema. O mesmo suspeito, que teria um salário de cerca de R$ 10 mil, teria realizado viagens para Dubai, Madri, Nova Iorque e Fernando de Noronha em menos de um ano.
Segundo a prefeitura de Cidade Ocidental, até o momento não foi comprovada qualquer irregularidade nos atos administrativos. Além disso, o órgão afirmou que colabora com as investigações e está à disposição das autoridades.
Primeira fase
A primeira fase da operação foi deflagrada em setembro deste ano e resultou na prisão do ex-pregoeiro do município, Gabriel Paixão Ribas. Além disso, o prefeito, Fábio Correa, o secretário de Educação, Anderson Luciano de Carvalho, e o supervisor escolar, Rafael de Lima Silva, foram afastados das atividades por 90 dias e proibidos de formalizar contratos com pessoas jurídicas.