Operação encontra 36 trabalhadores em situação análoga à escravidão
Sete empresários foram autuados, multados e podem pegar até oito anos de prisão
Uma operação da Superintendência Regional do Trabalho flagrou 36 trabalhadores, entre eles três adolescentes, em situação análoga à escravidão em sete empresas na região sudoeste do estado. As pessoas trabalhavam na produção de carvão e na extração de eucalipto e pedra portuguesa.
As irregularidades foram encontradas em sete empresas nos municípios de Catalão, Campo Limpo de Goiás, Joviânia e Vicentinópolis. De acordo com a superintendência, eles não possuíam registro e nem recebiam direitos trabalhistas.
A média dos salários recebidos era de R$ 1.500, mas os adolescentes ganhavam apenas R$ 500. Além disso, eles tinham que pagar por ferramentas de trabalho e equipamentos de proteção, que eram descontados dos proventos. Os fiscais encontraram ainda algumas pessoas alojadas em estruturas improvisadas, com pouca água potável e sem cozinha.
As empresas flagradas foram interditadas. Além disso, foram aplicados 150 autos de infração que, somados, chegam a R$ 1 milhão. Os empregadores também precisam pagar as verbas rescisórias no valor de R$ 365 mil. Eles ainda podem responder pelo crime de manter alguém em situação análoga à escravidão. Se condenados, podem pegar até oito anos de prisão.