Operação Espectro prende em Goiás grupo que traficava drogas e armas para outros estados
Foi apresentado nesta segunda-feira (6) o resultado da Operação Espectro. A investigação da Polícia Civil…
Foi apresentado nesta segunda-feira (6) o resultado da Operação Espectro. A investigação da Polícia Civil (PC) e da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) durou cinco meses e desarticulou uma quadrilha que traficava drogas e armas de Goiás para Santa Catarina e favelas do Rio de Janeiro.
O delegado Francisco Costa, responsável pelo caso, informou que os suspeitos levavam uma vida de luxo. “Em Goiás foram presos Webert Amaral Dias e Kleber Marques Correia. Em Santa Catarina, estado o qual já se encontrava preso André Luis de Oliveira – chefe da organização -, foi detido Maycon Giovani. Thiago Alves de Sousa, que foi recluso em Mato Grosso e Hudson Dias Oliveira Filho, que cumpre pena em Aparecida de Goiânia, também são apontados como membros da facção”.
Webert se passava por empresário do ramo de construção. Kleber era proprietário de uma loja de roupas em Senador Canedo. Maycon Giovani residia em Balneário Camburiú (SC), e fazia compra e venda de lanchas na região. Cada membro tinha seu papel definido: conseguir armas desviadas da Bolívia e que entravam no país pelo Paraguai ou lavar o dinheiro do crime.
A PC revela que a quadrilha movimentava cerca de R$ 10 milhões por mês. “Era um grupo de Goiás que abastecia as favelas do Rio de Janeiro com drogas e armas. Com o dinheiro, eles levavam uma boa vida, morando em condomínios fechados e frequentando bons restaurantes”.
Foram apreendidos oito veículos de luxo, várias armas (fuzis, rifles e revólver), munição, máquinas para contar dinheiro e cerca de R$ 200 mil em dinheiro. A quadrilha comercializava uma tonelada de pasta base de cocaína por mês em Goiás. Em uma única conta de laranja, foi identificada uma movimentação de R$ 135 milhões em um ano.
“Essa é a primeira fase. Foi desmantelada a cúpula da organização, a investigação ainda continua. Por chefiar o tráfico de drogas e armas, esse grupo era responsável por cerca de 20% dos homicídios na Grande Goiânia. Com essas prisões e apreensão de todo esse dinheiro e veículos, esperamos um enfraquecimento da quadrilha e uma diminuição na criminalidade”, conclui o delegado.
*Fabrício Moretti é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Thaís Lobo