300 mil

Operação investiga fraude em licitação de recapeamento de asfalto em Firminópolis

Polícia civil apreendeu computadores, documentos e celulares de empresas em Goiânia e analisa envolvimento de servidores públicos

Policiais Civis de Firminópolis, com apoio da Polícia Técnico Científica, deflagram a primeira etapa da Operação Medusa. O objetivo é investigar fraudes em licitação de recapeamento de asfalto no município. Na manhã dessa quinta-feira (11), foram apreendidos computadores, documentos e celulares na sede de duas empresas de engenharia, no setor Park Lozandes, em Goiânia.

Sete mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) para investigação de crimes de lavagem de capitais, peculato, organização criminosa e fraude a licitação. Oito servidores municipais e cinco pessoas ligadas a duas empresas de engenharia são investigados, de acordo com o delegado Thiago Junqueira. Os desvios podem chegar a mais de R$ 300 mil, além de fraude em licitação da Prefeitura de Firminópolis.

A Polícia Civil investiga, há um ano, empresas que venceram a licitação para obras na malha asfáltica da cidade. De acordo com o delegado Thiago Junqueira, uma testemunha apresentou e-mails com o envolvimento das empresas que teriam fraudado a licitação e desviado parte da verba das obras, que faziam parte do projeto Goiás na Frente, do Governo Estadual.

Secretário de Administração de Firminópolis, Maurício Neto explica que as duas empresas citadas na investigação fizeram obras na cidade. “Foram realizados recapeamento do asfalto. As obras foram feitas e o preço do asfalto responde a uma tabela que é da Caixa Econômica Federal”, garante.

O secretário disse que o total dos valores das licitações não foram liberados pelo governo de Goiás e as empresas realizaram as obras com a atenção de engenheiros das empresas contratadas, do município e do estado.

O Mais Goiás tentou contato com as empresas envolvidas na denúncia e com o governo estadual. Nenhum responsável das empresas atendeu as ligações. Até a publicação dessa matéria o governo não retornou o contato da reportagem.