GOIÂNIA

Operação lacra farmácia por suposta emissão de receitas médicas falsificadas em Goiânia

Um dos remédios comercializados no local era o Escitalopram - usado no tratamento de depressão, entre outras doenças

A Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon) e a Vigilância Sanitária lacraram uma farmácia por suposta emissão de receitas médicas falsificadas nesta terça-feira (7). De acordo com investigadores, estabelecimento também vendia medicamentos controlados de forma ilícita – sem registro no sistema interno de fiscalização. O caso aconteceu no Setor Celina Park, em Goiânia.

Denominada de Operação Receita em Branco, a operação aponta que medicamentos eram armazenados de forma clandestina, irregular, em desconformidade com a legislação e não estavam registrados no sistema interno de fiscalização.

Conforme expõe Khlisney Kesser, delegado responsável pelo caso, durante a apuração, também foram encontradas receitas médicas, carimbos de médicos e atestados médicos com indícios de falsificação. A Vigilância Sanitária encontrou ainda outras irregularidades, aplicando as medidas administrativas cabíveis.

Um dos remédios comercializados no local era o Escitalopram – usado para no tratamento de depressão, transtorno de ansiedade generalizada (TAG), síndrome do pânico, fobia social e transtorno obsessivo compulsivo (TOC).

Os medicamentos, documentos suspeitos e computadores foram apreendidos e o estabelecimento foi lacrado. Os três suspeitos de envolvimento no esquema estão sendo investigados por crime contra as relações de consumo e por falsificação de documentos.

Segundo o delegado, as penas previstas acumuladas podem chegar a 10 anos de prisão. 

Computador com a imagem de uma das supostas receitas falsificadas (Foto: Polícia Civil – Divulgação)

Operação Receita em Branco

O delegado Khlisney Kesser explica que primeira fase da operação aconteceu no dia 10 de janeiro, quando a Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão na casa de três pessoas e em dois estabelecimentos farmacêuticos da Região Metropolitana da capital.

Na ação, agentes descobriram medicamentos armazenados de forma clandestina, irregular, em desconformidade com a legislação e de produtos impróprios para o consumo. Também foram encontrados grande número de receitas médicas com indício de falsificação.

Os produtos, documentos suspeitos, computadores e aparelhos celulares foram apreendidos. A Vigilância Sanitária também encontrou outras irregularidades, aplicando as medidas administrativas cabíveis.