Operação nacional pretende reduzir feminicídios e violência doméstica em Goiás
Em 2022, Goiás registrou o maior número de casos de feminicídio dos últimos quatro anos. Ao todo 57 mulheres foram assassinadas
Goiás recebe operação nacional para reduzir números de feminicídios e casos de violência doméstica a partir desta segunda-feira. A força-tarefa, criada pelo Ministério da Justiça, reunirá forças regionais e nacionais de segurança pública em torno dessa questão durante todo o mês de março. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP), nesse período, agentes cumprirão ações de fiscalização, cumprimento de medidas protetivas, cautelares e executarão mandados de prisão em aberto.
Já nesta segunda-feira (27), o Batalhão Maria da Penha, da Polícia Militar (PM), e equipes da Patrulha da Guarda Civil Metropolitana (GCM) de Goiânia farão o cumprimento de medidas cautelares, além de visitas solidárias e comunitárias.
Segundo o titular da pasta, coronel Renato Brum dos Santos, o foco é combater e prevenir toda e qualquer forma de violência doméstica e familiar contra a mulher. No entanto, dentro desse escopo, a intenção é reduzir números de feminicídios. “São crimes complexos e, por isso, temos que ter ações importantes de forma dura. Esse agressor tem que saber que ele não irá ficar impune”, afirmou.
Feminicídios
De acordo com a Lei Maria da Penha, a violência doméstica e familiar é caracterizada como toda forma de violência praticada no âmbito familiar ou em razão de qualquer relação íntima de afeto e parentesco, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a vítima. Aplica-se às relações entre homens e mulheres e também às relações homoafetivas entre mulheres.
Em 2022, Goiás registrou o maior número de casos de feminicídio dos últimos quatro anos. Foram 57 mulheres assassinadas. Para se ter ideia, dados da SSP-GO revelam que durante todo o ano de 2018, 36 mulheres foram vítimas de feminicídio em Goiás. No ano passado, somente no primeiro semestre, esse número já era de 30 vítimas.