Operação resgata 19 pitbulls vítimas de maus-tratos em residência no Setor Leste Vila Nova
Animais foram levados ao Centro de Zoonoses, onde receberão alimentação, tratamento e aguardarão adoção
Dezenove pitbulls, oito deles filhotes, foram resgatados de uma residência no Setor Leste Vila Nova na manhã desta segunda-feira (19). Os animais viviam em situação de maus tratos, sem água, comida, segurança e higiene.
Márcio Adriano Barbosa de Oliveira (39), dependente químico, e a mãe, cadeirante, identificada apenas como inês viviam na casa e foram atendidos por uma assitente social. Os cães, alguns deles machucados, foram recolhidos e encaminhados ao Centro de Zoonoses, onde foram alimentados e irão passar por tratamento e aguardar adoção.
Ao chegarem no Centro de Zoonoses, os cães se alegraram, segundo o titular da Delegacia Estadual do Meio Ambiente (Deam), Luziano Carvalho. “Eles pulavam de felicidade, parece que nunca tinham visto comida antes. A gente fica até alegre de ver”.
Segundo ele, a venda dos cães era a única fonte de renda da família e as condições do local onde os dois viviam eram sub-humanas. “O local não tinha nenhum móvel, apenas um pedaço de uma geladeira. Havia fezes e urina espalhadas por toda a casa. Aquilo ali não era vida, nem pra eles nem para os animais. As condições eram degradantes”. Os moradores da residência foram atendidos por uma assistente social, que compunha a operação.
Luziano avaliou que a casa não recebia fornecimento de energia e nem de água. “Difícil acreditar que morava uma senhora cadeiranta lá. As pernas dela estavam todas inchadas. Não tinha conforto e nem condições para limpar o local. Uma tristeza”.
Muros e cercas baixos e danificados faziam a contenção dos animais. De acordo com o delegado, essa era uma situação que gerava insegurança, uma vez que os cães não eram devidamente alimentados. “Faminto, qualquer animal fica perigoso. A qualquer momento eles poderiam atacar transeuntes ou a própria família”.
Vídeo mostra a imundície no interior de um dos cômodos da casa. Confira:
Histórico
Segundo Luziano, a casa passou por uma inspeção em novembro de 2017, quando as irregularidades e a situação social degradante foram detectadas. “Voltamos recentemente à residência e constatamos que a situação ainda era a mesma ou semelhante. Desse modo pedi autorização ao Ministério Público e à Justiça, para que a operação fosse realizada. Era urgente”.