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Ordem de prisão contra Gusttavo Lima se baseou em ‘considerações genéricas’, diz desembargador

Segundo ele, juíza utilizou "justificativas com ilações impróprias e considerações genéricas"

Ordem de prisão contra Gusttavo Lima se baseou em 'considerações genéricas', diz desembargador (Foto: Divulgação)

O desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, que anulou ordem de prisão contra Gusttavo Lima, disse que o decreto da juíza Andréa Calado, na segunda-feira (23), utilizou “justificativas com ilações impróprias e considerações genéricas”. O entendimento é desta terça-feira (24).

Na decisão, a magistrada cita que Lima adquiriu participação de 25% em empresa investigada pela Polícia Civil de Pernambuco em operação que apura um esquema de lavagem de dinheiro oriundo de jogos ilegais. Para o magistrado, entretanto, não foi possível demonstrar indício de autoria dos crimes.

Outro ponto citado pela magistrada é que o sertanejo viajou e deu “guarida a foragidos da Justiça”. O desembargador observa que o embarque ocorreu em 1º de setembro e o mandado de prisão contra a dupla ocorreu no dia 3, o que mostra que “esses não se encontravam na condição de foragidos no momento do retromencionado embarque, tampouco há que se falar em fuga ou favorecimento a fuga”.

Mais cedo, o advogado Paulo Castro já tinha dito ao Mais Goiás que o decreto era polêmico por ser “genérico”. Conforme o jurista, ela “esqueceu de esclarecer os motivos que a liberdade do Gusttavo Lima colocaria em risco a ordem pública e a integridade do sistema jurídico” e que a decisão “para além de tudo, é genérica e, ao meu entender, não fundamentada”.

Gusttavo Lima

O decreto de prisão de Gusttavo Lima ocorreu no âmbito da Operação Integration, a mesma que culminou na detenção da influenciadora de Deolane Bezerra e investiga caso de suposto de lavagem de dinheiro e jogos ilegais. A magistrada acatou pedido da Polícia Civil, na segunda-feira.

No dia, a defesa de Gusttavo Lima disse, em nota, que a decisão que decretou a prisão do cantor é injusta, sem fundamentos legais e contrária aos fatos esclarecidos. “O cantor jamais seria conivente com qualquer fato contrário ao ordenamento de nosso país e não há qualquer envolvimento dele ou de suas empresas com o objeto da operação deflagrada pela Polícia Pernambucana.”

Também disse que a inocência do artista seria demonstrada, “pois acreditamos na justiça brasileira. O cantor Gusttavo Lima jamais seria conivente com qualquer fato contrário ao ordenamento de nosso país e não há qualquer envolvimento dele ou de suas empresas com o objeto da operação deflagrada pela Polícia Pernambucana”.

Segundo o G1, Lima deixou o Brasil na madrugada de segunda, antes do decreto de prisão, em um voo privado que saiu do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, com destino a Miami, na Flórida (Estados Unidos).