INVESTIGAÇÃO

Organizadora do Miss Goiás é suspeita de integrar quadrilha que trafica mulheres

Maria de Fátima Abranches Castro, que foi presa no final do mês passado, teria a função de aliciar as vítimas

(Foto: Reprodução Redes Sociais)

A organizadora do concurso Miss Goiás, Maria de Fátima Abranches de Castro, de 61 anos, está sendo investigada pela Polícia Federal (PF) sob suspeita de participar de um esquema de tráfico de mulheres brasileiras para exploração sexual em outros países. Ela chegou a ser presa durante uma operação desencadeada no mês passado, mas foi liberada, e agora responde ao processo em liberdade.

De acordo com o que foi apurado durante a Operação “Harém BR”, a goiana seria uma das aliciadoras de uma quadrilha que atua no tráfico internacional de mulheres, comandada, segundo as investigações, por Rodrigo Otávio Cotair, de 44 anos.

Apesar da apuração correr sob sigilo, há informações comprovadas pela PF, através de interceptações telefônicas. Em uma delas, por exemplo, Fátima Abranches alicia uma jovem enviada para Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia.

A goiana foi presa em operação desencadeada no último dia 23 de abril, mas teve um Habeas Corpus (HC) concedido no dia 29. Fátima Abranches foi indiciada por crimes de favorecimento da prostituição e rufanismo (quando se tira proveito da prostituição alheia). Caso seja condenada pelos dois crimes, ela pode passar até cinco anos na prisão.

Em nota enviada ao Mais Goiás, o advogado que defende a goiana, Paulo Guilherme Domingues Bastos, afirma que recebeu as acusações com “perplexidade” e que todas as acusações já foram rebatidas judicialmente, o que acabou culminando com a liberação de sua cliente.

Ele afirmou também que a defesa ainda está analisando o inquérito e que se pronunciará após pleno conhecimento das acusações que pesam contra Fátima Abranches.