OS do MS é alvo de mandados da PF em Goiânia por supostos desvios de recursos da Saúde
Empresa e operação tem sede no MS, mas mandados de busca e apreensão são cumpridos também em Goiás e São Paulo
A Polícia Federal cumpre, nesta quarta-feira (4), 10 mandados de busca e apreensão em Goiás contra suposta quadrilha instalada em Organização Social (OS) para promover desvios de recursos públicos da área da Saúde. A operação, denominada SOS-Saúde, porém, é sediada no Mato Grosso do Sul (MS), onde as investigações tiveram início. No total, 34 ordens judiciais são executadas em São Paulo, Brasília e no próprio MS. Agentes também realizam sequestro de bens, direitos e valores.
Grupo formado supostamente por dirigentes da OS é suspeito de praticar falsificações de documentos, dispensa irregular de licitação, peculato e organização criminosa.
O inquérito foi instaurado em fevereiro de 2019 para apurar supostas irregularidades. A empresa, cujo nome não foi revelado, à época, administrava o Hospital Regional Dr. José Simone Netto, em Ponta Porã (MS). Investigações apontam que o grupo usava subterfúgios para desviar recursos destinados à saúde para beneficiar os próprios dirigentes.
Caráter nacional da operação tomou forma depois que a mencionada OS expandiu seus serviços para outros estados, como Goiás, Paraíba, São Paulo, Bahia e Mato Grosso.
Ao todo, 112 policiais federais, 54 servidores da Receita federal e outros 16 da Controladoria Geral da União participam da empreitada.
Nota
O Instituto Gerir, alvo da operação da PF, se pronunciou por meio de nota. Veja a íntegra, assinada pelos advogados Luís Alexandre Rassi e Romero Ferraz Filho:
“A defesa técnica do Instituto Gerir ainda não conseguiu ter acesso aos elementos de investigação. O Instituto possui a tranquilidade acerca da legalidade dos atos que foram realizados durante a sua gestão. Tão logo entender do que efetivamente se trata, esclarecerá todos os fatos em busca do arquivamento da investigação”.