Ouro apreendido no aeroporto de Goiânia em 2019 foi extraído de garimpo ilegal, diz PF

A Polícia Federal concluiu as investigações acerca da carga de ouro avaliada em R$ 18 milhões, que foi apreendida no aeroporto de Goiânia, em 2019. Segundo a corporação, o ouro foi extraído de garimpo ilegal. Grupo criminoso responsável pelo crime também teria explorado e comercializado mais de 1,5 tonelada do metal, equivalente a R$ 457 milhões.

De acordo com a PF, o ouro apreendido em uma aeronave no aeroporto da capital era proveniente de garimpos ilegais do Mato Grosso e seria destinado à Itália. À época, um homem apontado como dono da carga foi preso e liberado três dias depois.

Como parte das investigações que duraram cerca de dois anos, a corporação deflagrou operação e cumpriu 24 mandados de busca e apreensão em Goiás, Mato Grosso e São Paulo, além do sequestro de duas aeronaves do grupo.

Responsáveis por ouro apreendido no aeroporto de Goiânia foram identificados

Ainda de acordo com a Polícia Federal, foram identificadas todas as pessoas envolvidas nos crimes, desde os garimpeiros que retiraram o ouro de forma ilegal; os intermediários que faziam a pesagem e o beneficiamento do minério, bem como grandes empresários que adquiriam o ouro e o transportavam em aeronaves com notas fiscais falsas.

Com o início das investigações, grandes empresários se desfizeram de imóveis de alto valor em Goiânia para se esquivarem da ação penal.

Ao todo, 15 pessoas foram indiciadas pelos crimes de organização criminosa, usurpação de bem da União, extração de ouro sem autorização legal, receptação qualificada, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.