Pacientes com variante ômicron seguem em isolamento e com sintomas leves, em Aparecida
Familiares das pacientes também estão em quarentena e testaram negativo para Covid-19
Pacientes que foram identificadas com a variante ômicron em Aparecida seguem em isolamento domiciliar, apresentam sintomas leves e estão sendo acompanhadas pela central de telemedicina da Saúde municipal. As duas mulheres estão no sétimo e oitavo dia de evolução da doença. Os familiares das pacientes também estão em quarentena e testaram negativo para Covid-19. Outros testes serão feitos neste período para confirmação de contaminação.
Nos dias 8 e 9 de dezembro duas mulheres residentes em Aparecida testaram positivo para o coronavírus e informaram que tiveram contato com um casal de missionários vindos de Luanda, na África. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) investigou a situação epidemiológica dos indivíduos e tiveram informação que o casal de missionários desembarcou no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo com o teste do PCR negativo para a Covid. Eles vieram participar de um evento religioso em Goiânia.
A prefeitura reforça que a estratégia de enfrentamento à Covid-19 adotada pela administração municipal sempre foi pautada em três pilares: testar, monitorar e cuidar. Mediante a identificação da presença da variante ômicron no município, a prefeitura reforça essas estratégias e incentiva a testagem com RT-PCR e a vacinação da população, além da ampliação do Sequenciamento Genômico.
Sequenciamento Genômico pode ajudar a conter ômicron
Mesmo com teste negativo para a Covid-19 no casal que teve contato com as mulheres, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) fez o sequenciamento genômico do material genético delas e confirmou a presença da variante ômicron. De acordo com A diretora de Avaliação de Políticas de Saúde da SMS de Aparecida, Erika Lopes, o trabalho de sequenciamento genômico é importante para se conhecer o padrão de dispersão e evolução do vírus.
“O sequenciamento permite a análise completa do genoma do vírus e identifica quais as mutações e deleções que eles carregam”. Erika ainda afirma que a partir das informações das características do vírus com detalhes do cenário epidemiológico e a evolução da doença no paciente, se consegue fazer a correlação para identificar se as variantes têm capacidade de causar mais complicações, hospitalizações e mortes, por exemplo.
Erika explica que o que se sabe sobre a variante ômicron, até agora, é sua alta carga de mutações. “São cerca de 50 mutações nesta nova cepa e 32 delas ocorrem no ponto do vírus que se liga ao material genético humano. Uma variante que carrega tantas mutações neste local importante pode ser diferente dos vírus iniciais que existem desde o início da pandemia. Não se sabemos como nosso organismo pode reagir com essa nova variante se há imunidade, seja ela natural, causada pelo vírus ou induzida, ocasionadas pelas vacinas”.
Erika destaca que estudos preliminares do vírus mostram que as vacinas perdem um pouco a eficácia com relação a esta a nova variante. A recomendação da Secretaria Municipal da Saúde é orientar pessoas que têm participado de eventos a manterem o distanciamento social, usar máscaras e sobretudo se vacinar.