Pacientes contaminados por varíola dos macacos em Goiânia recebem alta
Ambos cumpriram isolamento em casa e não desenvolveram a forma grave da doença
Os dois pacientes de Goiânia que estavam contaminados por varíola dos macacos (Monkeypox) receberam alta nesta segunda-feira (18). De acordo com as Secretaria de Saúde (SMS) da capital, os homens tem 26 e 41 anos e ficaram 14 dias isolados, até completarem a total cicatrização das lesões. Eles foram os primeiros infectados de Goiânia.
Segundo a pasta, os pacientes cumpriram o isolamento em casa. Eles tiveram erupção cutânea, febre e mal estar. Foram atendidos em um hospital particular, onde foram orientados a manter isolamento domiciliar e passaram a ser monitorados diariamente pela Vigilância de Saúde Municipal.
Um dos homens tinha histórico de viagem para São Paulo, onde há circulação comunitária do vírus. O material para exames foi coletado, em ambos os pacientes, por técnicos da Vigilância em Saúde da SMS no dia 5 de julho de 2022, e encaminhado para o Laboratório Estadual de Saúde Pública (Lacen-GO). No dia 13 de julho, a pasta informou publicamente sobre a confirmação do caso.
Há ainda outros dois casos confirmados que seguem em observação. Os pacientes são de Aparecida de Goiânia e tem 33 e 34 anos. Ambos estão em isolamento domiciliar e com boa evolução do quadro, sendo monitorados pela Vigilância em Saúde (SVS), de Aparecida.
Protocolos de enfrentamento da varíola dos macacos
Governo de Goiás definiu protocolos de enfrentamento à Monleypox após reunião de especialistas na área de saúde na última sexta-feira (15). Os casos suspeitos deverão ser notificados de forma imediata, em até 24 horas, pelos profissionais de saúde de serviços públicos e privados às autoridades de vigilância epidemiológica.
Os pacientes com suspeita devem ser isolados, receber máscaras de proteção e os profissionais devem fazer o rastreio dos contatos. Além disso, os protocolos estabelecidos também exigem que profissionais de saúde devem se proteger com Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), já que o contato prolongado deles com os pacientes os tornam fontes de possível contágio.
A varíola dos macacos é caracterizada por lesões doloridas na pele. Apesar da baixa letalidade, especialistas alertam para o perigo da ocorrência em pessoas imunosuprimidas, gestantes, crianças e idosos.
Tratamento no SUS
Os pacientes serão tratados na Atenção Primária de Saúde com diagnóstico diferencial, assistência, coleta de amostra para teste laboratorial e monitoramento. Caso o paciente apresente sinais de gravidade e/ou condições especiais para indicação de internação hospitalar, deve-se contatar o Complexo Regulador Estadual (CRE) para solicitar internação. Logo que liberada a vaga, deverá ser encaminhado ao hospital, utilizando as medidas pertinentes de precauções no transporte.
Os hospitais destinados à internação, conforme as macrorregiões são: o Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), em Goiânia, para toda região Central, Oeste e Nordeste, bem como o Hospital Estadual da Criança e da Adolescente (Hecad) e o Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP), em Aparecida de Goiânia, para a região Central e Sudeste do estado.
Na região Sudoeste, o Hospital Estadual de Santa Helena de Goiás (Herso), em Santa Helena, e o Hospital Estadual de Jataí Dr. Serafim de Carvalho. Para as regiões Centro Norte e Nordeste, as unidades são o Hospital Estadual de Anápolis (Heana) e o Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN), em Uruaçu.
Alerta
A SES ainda alerta que a doença não tem relação com macacos no Brasil, já que a contaminação no país é apenas em humanos. O vírus pode ser transmitido por meio de contato íntimo com secreções, gotículas de saliva e objetos compartilhados contaminados.