Saúde 

Pacientes protestam por melhor atendimento no HDT

Pacientes, familiares, ex-funcionários e membros de Ongs participaram de manifestação para pedir regularização do atendimento…

Pacientes, familiares, ex-funcionários e membros de Ongs participaram de manifestação para pedir regularização do atendimento do Hospital de Doenças Tropicais (HDT), na manhã desta segunda-feira (2), em Goiânia. Eles reclamam da falta de medicamentos e manutenção de equipamentos na unidade.

Organizado pelas Ongs Grupo AAve e Pela Vida, o protesto contou com faixas e cartazes com palavras de ordem. Com as faixas “O HDT está morrendo…” e “A Saúde Pede Socorro”, os manifestantes foram até a entrada da unidade na tentativa de dialogar com a diretoria.
De acordo com a diretora do Sindicato dos Servidores de Saúde (Sindsaúde), que também participou da manifestação, Luzineia Vieira, os pacientes de HIV estão sem acesso a medicamentos e equipamentos básicos para tratamento de colonoscopia, broncospia e tomografia estão com problemas.
Outra dificuldade encontrada pelos pacientes é a mudança da forma de encaminhamento clínico. Conforme Luzineia, os usuários agora são encaminhados para os Cais, entram na fila comum e somente depois voltam ao HDT. “Para pacientes imunodeficientes, fica complicado. O procedimento anterior era mais eficaz”, avalia.
A diretora do sindicato ainda diz que há dificuldades para atendimento, sobretudo após a demissão de três médicos da unidade. Segundo ela, um documento com as solicitações já foi entregue à diretoria do HDT.

Resposta

Em nota, o HDT alega que demissões ocorridas obedeceram critérios técnicos e afirma que o quadro atual supre a necessidade operacional da unidade. Sobre aparelhos supostamente quebrados, o hospital resslta que aparelhos funcionam normalmente, com exceção daquele voltado para colposcopia, que segundo o documento, está sendo providenciado. O HDT também sublinha que não há falta de medicamentos ou desmonte de serviços. Veja a íntegra da resposta abaixo:

“1-     Demissões de médicos:
 
O Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), unidade gerenciada pelo Instituto Sócrates Guanaes (ISG), informa que com relação aos desligamentos e/ou substituições de colaboradores da unidade, são realizados seguindo critérios técnicos após rigorosa análise dos gestores imediatos. O hospital esclarece ainda que, o quadro de colaboradores mantido supre toda a necessidade operacional do HDT, garantindo a qualidade da assistência prestada aos pacientes e o cumprimento de todas as metas pactuadas em contrato de gestão com a Secretaria de Estado da Saúde – (SES-GO).

2-     Desmonte de serviços (pediatria, extinção do ambulatório de Cosmiatria e Alergia, desmonte de equipe médica e enfermagem da emergência, do setor de adesão). E Demora para consultas

O serviço de pediatria, tanto a parte de internação quanto a parte ambulatorial e de emergência, está funcionando normalmente. O setor de adesão também permanece em funcionamento, e dando continuidade ao programa Prevenir para Vida. Já com relação á denúncia de desmonte da equipe médica e de enfermagem na emergência e a demora para consultas, o HDT esclarece que o hospital possui um quadro adequado de infectologistas, dermatologistas e especialistas para atender a demanda da unidade. A unidade nunca contou com ambulatório de Alergia, e o serviço de Cosmiatria voltará a funcionar a partir de fevereiro de 2020.

3-     Aparelhos quebrados há meses (Colonoscopia, broncoscopia, Colposcopia, Tomografia, Ecocardiograma)

Os aparelhos de Colonoscopia, Broncoscopia e Ecocardiograma estão funcionando normalmente. Já o aparelho de Colposcopia, está sendo providenciado para reiniciar a realização de exames o mais rápido possível. O Hospital está em negociação avançada com a Secretaria de Estado e Saúde (SES) para conseguir a compra do aparelho de Tomografia.

4-     Falta de medicamentos (antibióticos, antiinflamatorios e analgésicos)

O HDT esclarece que os medicamentos necessários para o atendimento de qualidade ao paciente estão disponíveis na farmácia, tanto para os pacientes internados quanto para os que fazem acompanhamento da unidade”.