DESAMPARO

Padrasto suspeito de abusar sexualmente de enteada de 12 anos é preso em Alto Paraíso

Estupros aconteciam todos os dias e tiveram início quando a menina tinha apenas 9 anos

Padrasto suspeito de abusar sexualmente de enteada de 12 anos é preso em Alto Paraíso (Foto: Jucimar de Sousa - Mais Goiás)

A Polícia Civil prendeu um homem de 47 anos suspeito de estuprar a enteada, de apenas 12, na cidade de Alto Paraíso de Goiás. Os crimes aconteciam todos os dias, desde que o sujeito se casou com a mãe da vítima, há três anos. Mas, somente na manhã desta quarta-feira (18), é que os agentes civis conseguiram prender o homem de forma preventiva.

De acordo com as investigações, a coordenação do colégio onde a menina estuda foi quem denunciou o crime à polícia. A vítima conta que os estupros aconteciam todos os dias e tiveram início logo depois que sua mãe se casou com o suspeito. Na época, ela tinha apenas 9 anos.

Conforme a denúncia, a criança relatou sobre os abusos para a mãe, na tentativa de conseguir ajuda. Contudo, a genitora não denunciou o companheiro e procurava ajuda espiritual. A menina relata que, nestes momentos espirituais, o suspeito ficava alguns dias sem abusar dela, mas logo voltava a praticar os crimes.

A polícia afirma ainda que a mãe da menina impedia qualquer contato da vítima com seus familiares, para que ela não contasse sobre os abusos. Com isso, a menina denunciou os abusos no Colégio onde estuda. Todo o acompanhamento com psicólogos e médicos tiveram que ser feitos sem que a mãe soubesse.

Segundo a polícia, a vítima também foi submetida a um laudo pericial, onde foi constatado a ruptura do hímen.

Suspeito de estuprar enteada pode cumprir até 22 anos de prisão

Nesta quarta (18), os agentes civis cumpriram um mandado de prisão preventiva contra padrasto da menina. Após as comunicações de praxe, o preso foi recolhido à unidade prisional de Alto Paraíso e encontra-se à disposição do Poder Judiciário.

A pena do sujeito pode chegar até 22 (vinte e dois) anos e 06 (seis) meses de reclusão. Ele foi autuado por estupro de vulnerável majorado, por ser padrasto da vítima, conduta tipificada nos artigos 217 -A c.c. 226, inciso II do Código Penal.

A mãe da menina também está sendo investigada por estupro de vulneravel na modalidade omissiva, pois como mãe ela deveria impedir o ato delituoso, por saber que estava acontecendo. Atualmente, a criança está sob os cuidados de uma tia.

Abuso sexual infantil no Brasil

Levantamento do Ipea mostrou que 70% das vítimas de estupro no Brasil são crianças e adolescentes. Além disso, 24,1% dos agressores eram os próprios pais ou padrastos e 32,2% amigos ou conhecidos da vítima.