Padre é preso suspeito de drogar e estuprar um jovem em Nova Crixás
"Só lembro de acordar no outro dia com o short folgado e todo molhado”, relatou a vítima
O padre Ricardo Campos Parreiras, de 45 anos, foi preso nesta quarta-feira suspeito de estuprar um jovem de 23 anos em Nova Crixás, a cerca de 380 km de Goiânia. De acordo com o relato da vítima, o sacerdote colocou uma droga na bebida para cometer o crime.
A Polícia Civil confirmou que o pároco foi detido na capital e que as investigações estão concluídas. Ele está preso no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia à disposição da justiça goiana.
A denúncia foi feita no Rio de Janeiro, onde a vítima mora. Em entrevista ao G1, o estudante afirmou que o crime foi cometido em 2017, quando ele tinha 18 anos e ajudava o avô em um trabalho missionário pelo interior de Goiás.
Quando eles chegaram em Nova Crixás, ficaram na casa do padre por cinco dias. A vítima relatou que Ricardo tentou se aproximar dele em várias ocasiões e que, no último dia, teria puxado assunto sobre temas sexuais.
“Na última noite que dormi no local, ele me chamou na sala quando saí do banho. Achei estranho, porque era de noite, meu avô estava dormindo, mas fui lá conversar com ele. Eu estava incomodado com o assunto. Ele percebeu e me ofereceu um suco de uva. Fiquei na dúvida porque sou bem pé atrás com tudo, mas aceitei. Enfim, era um padre, não desconfiei no momento. Ele colocou alguma droga no suco”, disse o estudante.
Ele contou também que, depois que a suposta droga começou a fazer efeito, o padre pegou três vezes em seu órgão sexual e depois falou para ele ir para o quarto e deixar a porta trancada.
“Só lembro de acordar no outro dia com o short folgado e todo molhado. Até tranquei a porta, mas acho que ele tinha uma cópia da chave. Nos dias seguintes senti muita dor. Tenho certeza que fui drogado e estuprado por ele”, completou.
O processo tramita em segredo de justiça. Por esse motivo, não foi possível localizar a defesa de Ricardo. De acordo com a Arquidiocese de Goiânia, o padre pertence à Diocese de Miracema do Tocantins e estava na capital acompanhando a saúde da mãe. Já a Diocese de Miracema não se pronunciou sobre o assunto.
Com informações de G1