OPERAÇÃO VENDILHÕES

Padre Robson teria explicado tudo se tivesse sido chamado pelo MP, diz advogado

Religioso teve processo arquivado pela justiça nesta tarde de terça-feira; ele era investigado por supostos crimes de apropriação indébita, lavagem de capitais, organização criminosa, sonegação fiscal e falsidade ideológica junto a dirigentes da Afipe

Padre Robson deu casa milionária aos pais comprada com dinheiro da Afipe, diz MP

Pedro Paulo de Medeiros, advogado de padre Robson de Oliveira, que teve processo arquivado pela justiça nesta tarde de terça-feira (6), afirmou que, se o Ministério Público de Goiás (MP-GO) já tivesse ouvido o religioso, ele já teria dado a explicação que deu ao Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), e o caso já teria sido resolvido. Segundo ele, houve uma exposição desnecessária do padre e ele aguarda, agora, que a igreja e a Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe) decidam o futuro dele.

“Foi provado que não há nada contra o padre Robson, exposto de forma desnecessária. Agora, a verdade foi restabelecida”, disse Pedro.

O advogado cita que Robson começou a Afipe, há 15 anos, apenas com uma impressora matricial e que, atualmente, a associação, fez junto com os fiéis um patrimônio de R$ 2 a R$ 3 bi. “Totalmente declarado. Não foi tirado um real da Afipe”, reforça o defensor.

Para Pedro, o MP-GO queria dizer como a associação deveria gerir o dinheiro dela. Contudo, ele lembra que o estatuto permite os investimentos, o que foi corroborado pela justiça. “E o valor está dentro da Afipe. O dinheiro é alto, mas não há irregularidade nisso.”

Em relação a transparência, Pedro diz que há uma busca constante por evoluir e aprimorar. “Se for possível aprimorar a contabilidade, será feito. Sempre buscará dar a maior transparência das ações.”

Padre Robson era investigado no âmbito da Operação Vendilhões. Esta foi deflagrada pelo MP-GO para investigar o religioso por supostos crimes de apropriação indébita, lavagem de capitais, organização criminosa, sonegação fiscal e falsidade ideológica junto a dirigentes da Afipe.

Pedro Paulo de Medeiros (Foto: Reprodução)