ANÁPOLIS

Pai do bebê queimado pela mãe pensava que namorada havia sofrido aborto

Namorado da suspeita prestou depoimento nesta sexta-feira (14)

Pai do bebê que morreu carbonizado diz que não sabia da continuidade da gravidez (Foto: Reprodução/ Danilo Boaventura)

O jovem apontado como pai do bebê que morreu carbonizado e também namorado da suspeita do crime prestou depoimento nesta sexta-feira (14). À Polícia Civil, ele disse que sabia que a jovem tinha engravidado dele, mas que havia sido informado por ela que a criança havia morrido na gestação.

A reportagem tenta contato com Adriano Gouveia, advogado do rapaz, mas sucesso. Entretanto, o defensor disse ao Portal 6 que seu cliente “jamais podia imaginar que essa situação estava acontecendo. Estava levando uma vida normal de um jovem de 22 anos, trabalhador. E o que ela disse foi o que ele confirmou. Ele realmente não sabia da situação de gravidez e foi pego de surpresa, assim como todos foram pegos de surpresa”.

Relembre o caso

Na manhã da última quarta-feira (12), a Polícia Civil de Anápolis prendeu I. F. B., 24 anos, suspeita de matar e ocultar cadáver do filho recém-nascido. Ao ser interrogada, a investigada disse que não sabe se o bebê estava morto quando o colocou no lote baldio e ateou fogo nele.

O cadáver foi encontrado por moradores da região na manhã desta quarta-feira, parcialmente carbonizado. Uma das partes do corpo do bebê que se encontrava preservada era exatamente no local onde havia uma etiqueta com a identificação do hospital e de parte do nome da mãe do bebê.

A partir de então, os policiais fizeram o levantamento de imagens de câmeras de vigilância, que flagraram o momento em que a jovem deixa o recém-nascido no lote baldio. As cenas (produzidas na última segunda-feira) mostram a suspeita levando o corpo do bebê numa caixa de papelão branca para o fundo do lote e voltando ao carro para pegar o álcool e o isqueiro.

Após assistir às imagens, a Polícia Civil saiu à procura da mãe do bebê. Durante o interrogatório, a mulher confessou a prática do crime e afirmou que tentou realizar aborto, escondeu a gravidez de seus familiares e até de seu namorado, acrescentando que amamentou a criança apenas no seu primeiro dia de vida e que não sabe dizer se, no momento em que ateou fogo no corpo do recém nascido, ele estava vivo ou morto.

Prisão preventiva

A Justiça decretou, na tarde desta sexta, a prisão preventiva de I. F. B., 24 anos, suspeita de atear fogo no próprio filho recém-nascido em Anápolis. Deste modo, ela ficará presa até o fim do inquérito policial. Ela foi capturada em flagrante na quarta-feira (12) após moradores encontrarem o corpo do bebê carbonizado.

A presa foi flagrada por câmeras de segurança deixando uma caixa de papelão com a criança dentro em um lote baldio e depois ateando no fogo no local. Ela confessou o crime e disse que o fez porque escondia a gravidez da família. Ela revelou também aos investigadores que já tentou abortar o filho. Diante dos fatos, a jovem segue sendo investigada pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

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