Pai do recém-nascido falecido que teve corpo incinerado ainda aguarda contato das autoridades
Rogério Almeida, pai do recém-nascido falecido na noite de sexta-feira (25), na Maternidade Marlene Teixeira,…
Rogério Almeida, pai do recém-nascido falecido na noite de sexta-feira (25), na Maternidade Marlene Teixeira, em Aparecida de Goiânia, e que teve o corpo incinerado por engano pela empresa responsável pelo recolhimento dos resíduos biológicos, disse que, até o momento, nem a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e nem o hospital entraram em contato com ele e a família. Na segunda-feira (28), um advogado irá se reunir com eles para discutir acionar a administração pública.
Ao Mais Goiás, o pai do bebê falecido afirmou que só soube do destino do corpo do filho na delegacia, no 1o Distrito Policial (1o DP), quando a diretora do hospital informou no local. “No hospital ninguém falou nada.”
Segundo Rogério, a funerária já tinha cobrado a remoção do corpo, quando ele voltou para recolher o filho e não o encontrou. “A minha mulher está a base de remédio, só chorando. Eu estou desesperado, mas tenho que ser forte por causa dela. Além da dor de perder o bebê, não temos o corpo para enterrar, depois de termos feito todo o procedimento.”
Caso do recém-nascido
Segundo já informado pelo Mais Goiás, o corpo do bebê recém-nascido desapareceu horas depois de morrer na noite sexta-feira (25), em estado de prematuridade extrema. O pai chegou a ver o corpo do filho ainda morto.
Porém, após sair para dar entrada nos papéis necessários para o sepultamento, o corpo desapareceu. A SMS informou que imediatamente acionou as autoridades policiais e que contribuiu com as investigações.
Na manhã deste sábado (26), em nota, a SMS informou que, “por meio do que foi apurado, administrativamente e também pelas autoridades policiais, chegou-se ao indicativo de que a empresa responsável pelo recolhimento dos resíduos biológicos cometeu um equívoco e levou o corpo do recém-nascido para incineração, o que é procedimento de praxe no caso dos resíduos biológicos”.
Como a causa da morte já havia sido verificada, a equipe da Maternidade procedeu conforme protocolo e acondicionou o corpo, devidamente identificado, em local adequado até a vinda da empresa funerária, de acordo com a nota.
No entanto, a secretaria destaca que vai aplicar junto aos responsáveis pelo erro todas as sanções cabíveis e lamentou profundamente o ocorrido. “A secretaria se solidariza com os familiares e informa que prestará toda assistência e reparos que estiverem ao alcance da gestão municipal”, complementa a nota.