Pai e madrasta são suspeitos de torturar criança de 7 anos por ser “muito levada”
Um pai e uma madrasta estão presos suspeitos de torturar uma criança de 7 anos…
Um pai e uma madrasta estão presos suspeitos de torturar uma criança de 7 anos por ela ser ‘muito levada’. Segundo a Polícia Civil, o menino estava 15 quilos abaixo do peso ideal, apresentava hematomas e cicatrizes de queimadura. Além dele, existem outras cinco crianças que vivem na casa. A mais velha delas tem 12 anos de idade. Mas, o garoto mencionado é filho apenas do homem o que, segundo a polícia, também era motivo para as agressões. O crime foi registrado em Planaltina de Goiás.
A polícia afirma que soube do caso através do Conselho Tutelar de Planaltina. O órgão foi até a casa da família cumprir uma determinação judicial, que visava averiguar como a criança estava. Isso porque, já haviam sido feitas denúncias de maus-tratos. Fato aconteceu no último dia 5 de novembro.
Quando encontrado pelos conselheiros, o menino apresentava ferimentos em todas as partes do corpo. Eram lesões como queimaduras na mão, nas costas, pernas, braços e ombro. Além disso, havia um hematoma subgaleal, conhecido popularmente como “galo” na cabeça.
“As queimaduras estavam nas mãos e braços. A gente não conseguiu descobrir ao certo a razão, mas os médicos indicam que foi água fervente”, detalhou o delegado do caso, Lucas Rocha.
Aos conselheiros, o menino confirmou que era agredido. Mas, mais do que isso, ele revelou já ter passado mais de 48 horas sem comer. O fato o deixava irritado e, por isso, ele ‘fazia bagunça’. “Quando o resgataram ele estava com 20 quilos, sendo que o ideal para a idade e estatura dele, é 35”, disse o delegado.
A investigação constatou ainda que a tortura acontecia há muito tempo, apesar de não se saber quando as violências tiveram início. Isso porque, um laudo do Instituto Médico Legal (IML) revelou que o menino possui ferimentos com diversos estágios de cicatrização.
Pai e madrasta admitiram as agressões contra “criança levada”
O delegado Lucas Rocha explica que, durante o interrogatório, o casal admitiu as agressões. Eles justificaram o crime dizendo que o menino “era levado demais”. Com isso, o torturavam com o objetivo de corrigir o comportamento.
Apesar da alegação, a polícia também acredita que a tortura acontecia porque o menino é a única criança da casa que não é filha do casal. Ele é filho apenas do homem, com mulher de outro relacionamento. Ao Mais Goiás, a polícia não explicou o que houve com a mãe.
Prisão
As evidências justificaram um pedido de prisão preventiva do casal. A justiça concedeu a medida e os agentes prenderam o casal nesta terça-feira (23), na cidade de Planaltina.
Segundo o delegado, o homem estava no trabalho. Já a mulher estava na rua, não se sabe porque. Mas, ela deixou todas as crianças sozinhas em casa, sendo que a mais velha possui 12 anos. Por conta disso, todas as crianças estão aos cuidados do Conselho Tutelar.
“Soube que eles tentaram contato com outros familiares, mas estavam tendo dificuldades para encontrar alguém para cuidar das crianças”, informou o investigador.
Tanto o pai, como a madrasta, não possuem antecedentes criminais. A reportagem não conseguiu localizar a defesa deles. Porém, soube através da polícia, que os advogados deles já entraram com um recurso de liberdade provisória. O pedido deve ser julgado em breve, pois por enquanto, eles continuam presos.
Leia Mais
Família de Altamiro de Moura Pacheco critica mudança de nome do aeroporto de Goiânia
Trio é preso suspeito de assaltar residência após atrair vítima para compra de colar em Abadia
Incêndio atinge depósito de reciclagem repleto de materiais inflamáveis, em Aparecida
Motos estão em 73% dos acidentes de trânsito com vítimas fatais em Aparecida
*Larissa Feitosa compõe programa de estágio do Mais Goiás sob supervisão de Hugo Oliveira.