Pai que agrediu médico por não ver filho nascer é solto em Rio Verde (GO)

O homem de 31 de anos que foi preso após agredir um médico e três enfermeiras por não conseguir presenciar o nascimento do filho em uma maternidade de Rio Verde, Sudoeste goiano, foi solto na terça-feira (12) a mando do juiz Eduardo Alvares de Oliveira. A Polícia Civil indicou o suspeito por lesão corporal e ameaça, mas o juiz determinou que ele permaneça em liberdade provisória desde que cumpra com algumas obrigações.

Agressões contra profissionais de saúde

Câmeras internas da maternidade registraram quando o homem empurra um dos enfermeiros contra a parede. Outros funcionários disseram que ele invadiu o centro cirúrgico sem autorização e agrediu o anestesista com dois socos no peito, além de gritar pelos corredores que os profissionais de saúde tiraram o direito de ele assistir a chegada do filho e fazer ameaças, como “isso não vai ficar assim” e “vocês vão ver”.

Em depoimento, os quatro profissionais agredidos disseram que a gestante já chegou na maternidade em trabalho de parto e como apresentava sinais de uma possível eclampsia e pressão alta, foi encaminhada as pressas para a sala de cirurgia. Relataram ainda que em nenhum momento foi manifestado o interesse do pai em assistir ao parto e que ele ficou alterado após ser informado que o filho havia nascido.

O homem foi preso na segunda-feira (11) e encaminhado para a Delegacia de Rio Verde, onde prestou depoimento e permaneceu até ser solto um dia depois após ser estipulado fiança de um salário mínimo e prisão domiciliar.

Condições para ficar em liberdade

Para continua em regime aberto, o pai do recém-nascido deve comparecer perante a autoridade judicial sempre que intimado, pedir autorização para mudar ou se ausentar por mais de 30 dias da casa onde mora e estar em casa das 20h às 6h, de segunda a sexta-feira, e período integral aos sábados, domingos e feriados. Caso o horário precise ser alterado, ele deverá pedir autorização do juiz.

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