INQUÉRITO

Pais de bebê levado a hospital de Goiânia com sinais de agressão são indiciados pela polícia

Ao longo da investigação, a corporação desconfiou que a morte da criança poderia ter relação com um ritual satânico

Goiânia: Justiça mantém prisão de pai suspeito da morte do filho de um ano, mas solta mãe
Goiânia: Justiça mantém prisão de pai suspeito da morte do filho de um ano, mas solta mãe (Foto: Reprodução - TV Anhanguera)

A Polícia Civil indiciou o pai e a mãe de Pedro Benjamin Gonçalves de Mello, de 1 ano e 9 meses, que morreu após ser levado para uma hospital de Goiânia com sinais de agressão. O casal alegou que um guarda-roupa havia caído sobre a criança, mas laudos da Polícia Científica identificaram diversas fraturas e sinais evidentes de agressão.

Em 14 de dezembro de 2024, Pedro Benjamin foi levado ao Hospital Municipal da Mulher e Maternidade Célia Câmara inconsciente e sofreu parada cardiorrespiratória. Apesar dos esforços médicos, o bebê não resistiu aos ferimentos. A perícia identificou politraumatismo, edema cerebral, laceração no fígado, lesão pulmonar e hematomas na cabeça, pescoço, tórax, abdômen, ombro, braço, virilha, coxa e outras partes do corpo.

Após a constatação das lesões, os médicos acionaram a polícia e levaram a mãe, uma auxiliar de serviços gerais de 23 anos, e o pai, um pintor de 29 anos, para a delegacia. Para o delegado delegado Rilmo Braga, a mulher afirmou que o filho tinha uma doença e mudou a versão ao dizer que um guarda-roupas havia caído sobre a criança. Após audiência de custódia ela foi liberada. O homem continua preso.

Ritual satânico e desobediência judicial

Ao longo da investigação, a Polícia Civil desconfiou que a morte da criança poderia ter relação com um ritual satânico, já que os peritos estranharam objetos encontrados dentro do imóvel, como seringas, velas e outros apetrechos. A possibilidade segue sob investigação.

A morte do bebê pode ter sido causada também pela desobediência a uma ordem judicial e negligência dos familiares, pois, após a agressão, a guarda do menino deveria ter permanecido com a avó, conforme determinação judicial. No entanto, a mulher devolveu a criança ao casal, que 13 horas depois o levou ao hospital.

A defesa do pai afirmou que confia que as investigações vão esclarecer os fatos e aguarda o momento adequado para se manifestar sobre o caso. O homem possui antecedentes criminais por roubo e tráfico de drogas.