Os pais e responsáveis de alunos que estudam nas 25 escolas ocupadas enfrentam dificuldade para confirmar a matrícula dos filhos. Desde dezembro de 2015 o acesso às unidades escolares está bloqueado pelos manifestantes, tornando inviável o processo de efetivação da matrícula, que encerra nesta sexta-feira (15/01).
Gesiel Alves relatou que esteve no Colégio Estadual José Maria Dantas na quarta-feira, 13, para tentar confirmar a matrícula do filho, mas não conseguiu. “Os ocupantes me disseram que eu nem precisava voltar, porque não estão deixando ninguém entrar. É complicado”, disse o pai, que está preocupado com a situação.
A alternativa que Gesiel encontrou foi procurar auxílio na sede da Seduce. Com os documentos que confirmam a solicitação de vaga, o pai preencheu um formulário para garantir que deseja matricular o filho na unidade ocupada e se mostrou favorável à implantação da gestão compartilhada na Educação. “Se for pra melhorar a escola do meu filho como eu vi acontecer no Hugo (Hospital de Urgências de Goiânia), tem todo o meu apoio. Uso o hospital público e percebi que, depois das OSs, o atendimento melhorou”, argumentou.
Já Valdir de Souza é pai de um adolescente que pretende se transferir do Colégio Estadual José Honorato para o Colégio Estadual Cora Coralina. Como a nova escola estava ocupada, não conseguiu entrar para concretizar a transferência. “Espero que seja desocupada logo para não prejudicar o aprendizado dos alunos”, disse o pai, que também recorreu à sede da Seduce nesta tarde.
Solução
A ocupação das escolas está afetando mais de 16 mil alunos em Goiás. Durante a semana, a Seduce orientou os pais ou responsáveis que procurassem as subsecretarias na tentativa de resolver cada caso. Uma das alternativas é que os alunos de escolas ocupadas solicitem vagas em outras unidades.
Após o término do período de efetivação das matrículas, uma equipe da Seduce vai analisar e estudar a situação de toda a rede para buscar alternativas. “Faremos todo o possível para que o aluno tenha garantido o direito de acesso à sala de aula. A Secretaria está empenhada e vai encontrar solução”, explicou a secretária Raquel Teixeira.