GOIÁS

Pandemia provoca queda de R$ 6,7 milhões de arrecadação no turismo

Pesquisa feita pela Goiás Turismo com dados do primeiro quadrimestre mostra que apenas duas das 10 áreas pesquisadas tiveram saldo positivo

Igreja Matriz de Pirenópolis (Foto: Wikipedia/ Divulgação)
(Foto: reprodução)

A pandemia do coronavírus e as medidas de isolamento social tiveram um impacto de R$ 6,7 milhões na área do turismo em Goiás. É o que aponta um estudo feito pela Goiás Turismo, que juntou informações do primeiro quadrimestre do ano e comparou com o mesmo período de 2019.

O estudo foi feito com base no recolhimento do ICMS da área em diversas regiões turísticas goianas. De acordo com os dados apresentados, só no mês de abril de 2020 a queda na arrecadação das Atividades Características do Turismo (ACTs) foi de 61,4%. A região da Chapada dos Veadeiros, por exemplo, arrecadou cerca de R$ 9 mil de imposto no mês em questão, contra R$ 41 mil no ano passado.

A área de Negócios e Tradições, que mais movimenta dinheiro, também sofreu um impacto grande. Nos primeiros três meses do ano, o recolhimento de ICMS foi semelhante ao de 2019. O mês de janeiro, inclusive, foi melhor, com cerca de R$ 1 milhão a mais de arrecadação.

O quadro mudou com início da pandemia e, no mês de abril, foram movimentados R$ 2 milhões em impostos, contra R$ 7 milhões do ano passado. Em todo o primeiro quadrimestre, o desfalque é de R$ 4,9 milhões.

Apenas dois dos dez setores levantados tiveram saldo positivo no quadrimestre. A área de Águas Quentes teve um crescimento de 5,9%, arrecadando cerca de R$ 430 mil a mais do que no ano passado; e a área do Vale do Araguaia, que cresceu 14%, com uma arrecadação de R$ 19 mil a mais.

Recuperação e crédito no Turismo

O estudo ressalta que, de acordo com a Organização Mundial do Turismo (OMT), a previsão é que o número de turistas internacionais pode cair de 60% a 80% em 2020, o que significa 67 milhões a menos de pessoas de outros países vindo ao Brasil. “A previsão é que a demanda doméstica pode se recuperar antes da demanda internacional, de acordo com a pesquisa do Painel de especialistas da OMT. A maioria espera começar a ver sinais de recuperação no último trimestre de 2020, mas principalmente em 2021”, diz o texto.

O levantamento aponta, também, que as empresas não estão otimistas com o cenário econômico de 2020. A Rede Brasileira de Observatórios de Turismo, em parceria com o Observatório do Turismo da Goiás Turismo, apurou que 64,2% das empresas goianas no setor irão precisar de crédito para honrar seus compromissos. Além disso, 18,1% afirmaram não saber e 17,7% disseram que não precisaram buscar empréstimos na praça.

Além disso, 62,7% dos empresários do Turismo acreditam que terão uma queda superior a 50% no faturamento. Outros 30% estimam uma queda de 26 a 50%. Apenas 1,5% preveem crescimento.