GOIÂNIA

Para operar só com passageiros sentados, empresas dizem que precisariam de mais mil ônibus

Liminar deu até amanhã para empresas de adequarem

Motoristas de ônibus de Goiânia podem paralisar atividades (Foto: Jucimar de Sousa/Mais Goiás)

Em nota divulgada nesta quinta-feira, as empresas que prestam serviço para o transporte coletivo de Goiânia dizem que precisariam de mais mil ônibus para obedecer à liminar que as obriga a operar só com passageiros sentados – de modo da evitar a disseminação do coronavírus nos veículos. 

A liminar foi concedida nesta quarta-feira pelo juiz José Proto de Oliveira, que deu 48 horas para a Redemob (consórcio que reúne as empresas concessionárias) se adequar à exigência (clique aqui para ler reportagem sobre a manifestação do juiz). 

“Seria necessário um incremento de aproximadamente 1.000 ônibus na frota existente da RMTC para transportar passageiros somente sentados no período do lockdown, conforme determinação legal e judicial. Isto significa praticamente dobrar a quantidade de ônibus convencionais e articulados na operação em relação à quantidade prevista nos contratos de concessão e que eram utilizados antes da existência da pandemia por COVID-19”, diz Leomar Avelino, diretor-executivo da Redemob. 

Veja um trecho da nota: 

De acordo com estudos técnicos da Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC), para que a Metrobus, empresa estatal, possa operar com apenas passageiros sentados na realidade atual seriam necessários mais 200 ônibus para rodar apenas no Eixo Anhanguera para conseguir atender a demanda no horário de pico. Hoje são 99 ônibus entre articulados e biarticulados em operação. 

Portanto seriam necessários quase 300 ônibus no total para atender ao transporte de apenas passageiros sentados no eixo. Uma frota 2 vezes maior do que a que a Metrobus já teve em toda sua história e na história do Eixo Anhanguera. 

Já para o atendimento às demais linhas, seriam necessários 1.850 veículos convencionais para levar apenas passageiros sentados nos horários de pico. 

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