Para Toffoli, juíza destaca indeferimento de transferência de João de Deus a hospital particular
Em resposta ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, a juíza plantonista Marli de…
Em resposta ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, a juíza plantonista Marli de Fátima de Naves, destacou indeferimento do pedido da defesa de João de Deus, para que fosse avaliado em um hospital particular de Goiânia. O documento encaminhado ao STF na manhã desta sexta-feira (4), após o ministro dar o prazo de 48 horas para que a Justiça goiana se pronunciasse sobre o estado de saúde do médium.
A juíza plantonista da Vara Única da Comarca de Abadiânia destacou que o Ministério Público de Goiás (MP-GO) negou a solicitação feita por ela. O médium, de 77 anos, passou mal na última quarta-feira (2), com dores abdominais, tontura e sangue nas fezes e urina. O líder espiritual foi submetido a um primeiro atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no Parque Flamboyant. Posteriormente, ele foi encaminhado para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) onde foi submetido a uma bateria de exames de sangue e imagem.
A juíza também alegou que a atuação do cardiologista é dispensável nesse momento pois não houve indicação ou encaminhamento médico para este especialista. E, ainda, que o atendimento no Hugo foi feito “de forma célere e adequada às condições de saúde e da idade do paciente , segundo regras básicas no sistema de saúde”.
O estado de saúde do médium ainda estaria sob acompanhamento da magistrada por meio de telefone e e-mail. Ela ainda informou a Toffoli que, na manhã desta sexta, o médium contou com a visita de quatro advogados. Ele não teria se queixado sobre o seu estado de saúde. O Mais Goiás entrou em contato com um dos advogados de João, Alberto Toron, para comentar o assunto, mas as ligações não foram atendidas.
Entenda
João de Deus foi diagnosticado uma infecção urinária, mas a necessidade de internação estaria descartada pelos médicos. Por isso, ele retornou ao Núcleo de Custódia ainda na noite da quarta-feira (2). Um dos advogados do médium, Ronivan Peixoto, declarou ao Mais Goiás que não foi feita uma avaliação completa quando João foi atendido no Hugo. A mudança para o Hospital Santa Helena seria porque a unidade já teria atendido o médium anteriormente.
“O senhor João não é um preso comum, está protegido pelo estatuto do idoso, o qual demanda uma atenção maior a problemas de saúde. É um homem de 77 anos, debilitado e cardiopata, precisa ser tratado”. O advogado ainda completou: “queremos um hospital privado, mas o mais importante é que ele seja tratado, mesmo em uma unidade pública”.
Um dos profissionais que esteve no encontro desta sexta-feira, Alex Neder, pontuou a necessidade do cliente em ser submetido a mais exames.”Ele está muito abatido, mas os sintomas que ensejaram a ida dele ao Hugo não estão mais presentes. Agora, ele tem que fazer um ultrassom e uma endoscopia, mas não há previsão de quando. Do nosso ponto de vista, ele deveria ter ficado internado até que realizasse toda a avaliação”, conta.