IMPACTOS ECONÔMICOS

Passagem vai subir? Veja o que muda com reajuste dado a motoristas de ônibus de Goiânia

Reajuste será incorporado junto à tarifa de remuneração do transporte coletivo

(Foto: HP Transportes)

O novo reajuste salarial acordado nesta quarta-feira (26), entre empresas de ônibus e motoristas do transporte coletivo vai mexer na tarifa técnica do transporte coletivo em Goiânia e região metropolitana e subirá para R$ 9,55, após um reajuste de 1,87%. Este aumento, impactará o subsídio pago pelo Governo Estadual e prefeituras em aproximadamente R$ 1,8 milhão.

A tarifa de remuneração, que cobre os custos operacionais das empresas, foi criada para manter o valor da passagem congelado em R$ 4,30 desde 2019. Mais cedo, nesta quarta-feira (26), a categoria aceitou a proposta de reajuste salarial de 5% retroativa para março. O pagamento dos índices atualizados já será feito na próxima folha salarial das empresas. 

Em setembro, haverá um acréscimo de 2,5%, totalizando 7,5% de reajuste. O acordo impediu que a greve fosse iniciada na próxima sexta-feira (28), como havia sido deflagrada. Apesar do aumento da tarifa técnica, o valor pago pelo passageiro não será alterado. A nova tarifa só entrará em vigor no final do ano, após aprovação da Agência Goiana de Regulação (AGR). Até lá, as empresas continuarão recebendo o valor atual de R$ 9,31.

Segundo fontes ligadas às empresas de ônibus, o reajuste salarial em duas parcelas foi necessário porque o impacto na folha de pagamento dos motoristas é imediato, mas o aumento da tarifa técnica só será repassado às empresas após a aprovação da AGR.

“O impacto na folha salarial será imediato, mas as empresas só vão passar a receber este valor reajustado a partir de uma nova deliberação junto a AGR, ao final do ano. Por isso, precisávamos dessa fragmentação no reajuste, aceita pelos motoristas”, salienta uma fonte.