Entorno do DF

Pastor é preso suspeito de abusar de enteada durante 7 anos, em Valparaíso de Goiás

A mãe também foi presa por conivência. Vítima relatou à delegada que o padrasto realizava toques lascivos desde 5 anos e, aos 7 anos, ele tentou a conjunção carnal

Um pastor de 34 anos foi preso suspeito de abusar sexualmente da enteada, de 14 anos, em Valparaíso de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. Segundo relatos da vítima à Polícia Civil, os abusos aconteciam desde o cinco anos e durou até os 12. A mãe, de 31 anos, que a vítima aponta como conivente das ações do padrasto, também foi presa.

De acordo com a delegada da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), Ísis Santana Leal, a garota contou que morava sua avó, mas passava alguns períodos com a mãe. Nesse tempo, o padrasto realizava os abusos. Após a morte da avó, a menina passou a viver definitivamente com a mãe e o padrasto. “Ela nos contou que o suspeito passava a mão e realizava outros toques lascivos em seu corpo. Segundo ela, a mãe via, não falava nada e tratava a ação do companheiro como ‘brincadeira'”, relata.

A situação se tornou mais crítica quando a vítima completou 7 anos. Segundo a delegada, a vítima relatou que o padrasto tentou realmente o ato sexual. “Ela disse que ele passou a frequentar o quarto da garota e tentou a conjunção carnal com ela e várias vezes tentou beijá-la. O homem também passou a realizar outros atos libidinosos com ela” destaca.

Os abusos foram sucessivos até o ano de 2015. Nesse período, a menina passou a morar com a família paterna, mas não relatou nada com ninguém. “Ela alegou ter medo e se sentiu bastante assustada, já que os abusos aconteciam desde muito nova e por não contar com uma base de confiança em casa, já que mãe não a ajudou”, pontua Ísis.

No ano passado, ela teve coragem de contar para uma professora, que acionou a família da vítima e foram a delegacia. Dois mandados de prisões temporários foram expedidos e os suspeitos foram presos em Rubiataba, a cerca de 320 quilômetros do município. “Lá detectamos que os mesmos mantinham uma igreja no setor que moravam. Não podemos dizer que existem outras vítimas, mas não descartamos nenhuma hipótese”, sublinha.

O padrasto foi encaminhado para o presídio de Valparaíso e a mãe está detida na unidade feminina de Luziânia. A delegada afirma que eles serão ouvidos em até duas semanas. Se forem condenados, eles responderão por estupro de vulnerável e podem pegar pena de 8 a 15 anos de prisão.